Meninas de Capinha: futebol ecológico

Compartilhe nas redes sociais…

Embora estejamos em pleno século 21, ainda há um certo preconceito quando o assunto é futebol feminino. E muitas atletas sabem disso. Marta, considerada muitas vezes a melhor do mundo, sabe que comeu o pão que o diabo amassou na infância, para chegar onde chegou. Felizmente, hoje, as coisas começam a ficar diferentes. Já tem até gente trabalhando com as meninas, que curtem o esporte. É o caso de Anderson Lucena. Ele é educador desde 2003, com passagens pelo ensino de computação gráfica. Corredor amador e louco por esporte, resolveu criar uma escola virtual  juntamente com a mulher, Laura Tatu (foto abaixo) para disseminar o futebol entre as crianças.

A decisão foi amadurecida durante viagem à Ilha de Báli, na Indonésia, onde ele residiu e se apaixonou com as práticas esportivas exercidas na natureza em ambiente tão peculiar.  Lá, criou uma escola independente voltada para o futebol. E ao regressar ao Brasil, mantém a escola, que não tem sede física. As aulas acontecem em parques e depois são colocadas nas redes sociais. A primeira formação possui doze aulas. “Quem for educador, pode ir lá, ver o vídeo, baixar a aula”, diz, referindo-se ao seu site www.balichildhood.com. Ali, o educador pode se guiar para repassar informações aos alunos, com  temas dar aulas como Fundamentos do chute, passe e domínio de bola.

Para as futuras atletas do sexo feminino, Anderson arranjou o meio lúdico de ensinar o futebol. É o Meninas de Capinhas (de super heróis ou super heroínas). O adereço substitui os manjados padrões  masculinos e transformam o aprendizado, também, em uma atividade extremamente divertida. Mas não é só isso: a prática do esporte está sempre associada, também, a algum ensinamento  que implique em educação ambiental. Em seu último encontro com as Meninas de Capinha, no Parque Santana – Zona Norte do Recife – a garotada participou de ação-exercício de cidadania: limpar o parque. Com sacolinhas, recolheram lixo que os frequentadores mal educados deixaram no gramado daquele local. Como, aliás, costuma acontecer em ruas, parques, jardins e até praias do Recife. Ações como essa, ajudam as novas gerações a formatarem um mundo mais consciente.

Leia também:
Favela Barber Shop e o Pina Solidário
Plantando fruteiras para o futuro
Leitura às cegas para quem não vê
Ternura no Parque da Macaxeira
Visão Mundial e Educação Ambiental
Prêmio de quase US$ 50 mil para quem melhor limpar sua comunidade

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ Meninas com capinha

Continue lendo

3 comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.