Uns desmatam e destroem a natureza. Outros plantam, reflorestam e estimulam o retorno de nascentes. O Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (CBMA) do Legado das Águas anuncia a implantação de projeto de reflorestamento no Parque Estadual do Jurupará, que prevê a recuperação de 164 hectares do Parque, que fica no município de Ibiúna, a 72 quilômetros da capital paulista. Ao longo de quatro anos, serão plantadas 30 mil árvores de 60 espécies. No Parque, há fragmentos de até 19 hectares carecendo de reposição de cobertura vegetal.
A ação decorre de parceria com a Iniciativa Verde (The Green Initiative), ONG direcionada à restauração florestal, ao combate às mudanças climáticas e ao desenvolvimento rural sustentável. O projeto de reflorestamento no Parque faz parte do Programa Nascentes, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo, que tem como meta otimizar investimentos públicos e privados para o cumprimento de obrigações legais de compensação de emissões de carbono, redução da pegada hídrica ou para a implantação de projetos voluntários de restauração.
O Parque Jurupará possui 26 mil hectares e é administrado pela Fundação para Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo. Ele tem papel fundamental para a conectividade entre áreas remanescentes de Mata Atlântica e atualmente conta com grandes áreas que necessitam de restauração florestal. Nessas áreas, há fragmentos de até 19 hectares (o equivalente a 19 campos de futebol) de espaços desmatados e que precisam ser restaurados, além de pontos que irão receber enriquecimento com o plantio de mudas nativas e controle de espécies exóticas invasoras.
Serão aplicadas diferentes metodologias para recuperar a mata, como manejo de exemplares de espécies exóticas invasoras, enriquecimento da floresta, plantio direto de mudas, semeadura de espécies vegetais nativas, adubação verde e condução de regeneração de plantas. De acordo com as necessidades de cada área do parque, serão aplicadas as técnicas que apresentarem os melhores resultados. A ação deverá se estender por quatro anos.
Em março de 2021, o Legado já havia realizado uma ação no Jurupará, em parceria com a empresa Nexway Eficiência, companhia do Grupo COMERC dedicada a projetos de eficiência energética. Nessa iniciativa, 1 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, produzidas no próprio Centro de Biodiversidade do Legado, foram utilizadas para reflorestar um trecho do parque que necessitava recomposição vegetal. O Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil. Tem área de 31 mil hectares, divididos entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, no Vale do Ribeira, no interior do estado de São Paulo. É administrado pela Reservas Votorantim Ltda e mantido pela Votorantim S.A.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação /Legado das Águas/ Votorantim
No meu pensamento eu acho: Quem derrubar arvore clandestinamente deveria cumprir pena como tivesse matado um homem, as leis no país são abusadas porque os políticos não tem moral. Não merecem respeito. Faz o que bem querem não respeitam a natureza. jesusalves92@hotmail.com.