Corporação regenera Mata Atlântica e protege mico-leão-preto

Mais uma empresa atuando no esforço para reflorestar um bioma brasileiro. Dessa vez é a Atvos, que já plantou mais de 184 mil árvores no Corredor Ecológico de Mata Atlântica, na região do `Pontal de Parapanema, em São Paulo. Ao todo, são 81 espécies da flora nativa. O trabalho, feito em parceria como Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas, visa o plantio de 300 mil mudas até 2022. Concluída a restauração floresta, o trecho beneficiado será transformado em área de conservação para que integre oficialmente a Estação Ecológica Mico-Leão Preto. A espécie – que ocorre em São Paulo – é tida como  Paraná – é tida como “em perigo”.

Estima-se que restem cerca de 1.400 na natureza. E a devastação da Mata Atlântica é um dos empecilhos à sobrevivência do animal. Afora, com as 184 mil mudas plantadas, o maior corredor do bioma já reflorestado no Brasil, somou um acréscimo de seis quilômetros aos doze anteriores. Ao todo, houve plantio em 110 hectares. E a empresa informa que está disponibilizando uma área de 619 hectares para reflorestamento. “O plantio das árvores nativas estimula a regeneração natural da região e torna realidade o Mapa dos Sonhos. Esta é uma prova de que o agronegócio pode coexistir com as questões ambientais e contribuir para a fauna e flora”, reforça Marcelo Annes, superintendente da Atvos.

A regeneração da Mata Atlântica, em São Paulo, pode beneficiar o mico-leão-preto,  espécie em ameaça no Brasil.

O Mapa dos Sonhos, criado pelo IPÊ, corresponde a um mapa com as áreas estratégicas a serem plantadas na Mata Atlântica local, promovendo a reconexão da floresta e conservando animais ameaçados como o mico-leão-preto e a anta brasileira. Muitas das áreas identificadas como importantes estão localizadas dentro de propriedades privadas Por isso é preciso realizar parcerias para os plantios florestais. O mapa orienta o plantio dos chamados Corredores para a Vida. Um dos corredores, com 2,4 milhões de árvores, interliga as duas maiores unidades de conservação da Mata Atlântica do interior paulista: o Parque Estadual do Morro do Diabo e a Estação Ecológica do Mico-Leão Preto.

“O Projeto Corredores para a Vida, que foi integrado ao Programa Nascentes do Governo do Estado de São Paulo, melhora o trânsito dos animais, amplia a área disponível para que a população de micos-leões pretos possa crescer. Também contribui para o clima, para a conservação da biodiversidade e para geração de renda de comunidades que prestam serviços florestais e de comercialização de mudas de viveiros comunitários para a realização da ação”, detalha Laury Cullen Jr., coordenador de projetos e pesquisa do IPÊ. Segundo a Atvos, entre restauração florestal e conservação de solo, a empresa está investindo mais de R$ 2 milhões na região. Feito o plantio, a regeneração é  monitorada por três anos.

Na verdade, a empresa  está cumprindo com sua obrigação. Tentando dar à natureza pelo menos uma parte do que retirou. Produz bioenergia, etanol, açúcar VHP e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar. A cana, todo mundo sabe. Aqui em Pernambuco, por exemplo, a monocultura deu no que deu. Acabou praticamente com a Mata Atlântica. Além disso, é uma cultura que exige trabalho eterno de regeneração do solo. A Atvos informa que “favorece a recuperação do solo degradado devido ao plantio de cana e aumento do estoque de carbono”. A empresa atua em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Porém, informa que tem mais de 200 mil hectares de áreas preservadas e reservas legais nos quatro estados, e que várias iniciativas constribuíram para evitar a emissão de 5,6 milhões de toneladas de gás carbônico em 2020. Pelo menos isso.

Veja abaixo, iniciativas de outras grandes corporações para repor uma parte do que devem à natureza.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação / Atvos e Zoológico de São Paulo (Internet)

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