Mais de 9 mil animais acolhidos em 2017

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Tem notícia que faço questão de registrar. Principalmente quando o maior beneficiado é a natureza. Balanço divulgado pela Agência Estadual do Meio Ambiente indica que em 2017 foram acolhidos 9.153 animais entre aves, répteis, mamíferos e aracnídeos. Bichos que seriam vítimas do tráfico, de caçadores e até de almas sebosas ou sem coração, como aqueles que deram um tiro na orelha de um tamanduá bebê.

Tem de tudo nesse mundo mesmo.  Mas também tem muita gente boa, que salvou animais – raposa, capivara, pássaros – da morte. Os bichos foram todos encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres da Cprh, o Cetas Tangará. O quantitativo recebido no ano passado é 67,4 por cento maior do que o registrado em 2016. O que significa que temos o que comemorar, pois esses animais são tratados e preparados para a reintrodução à natureza, voltando, portanto, ao local de onde nunca deveriam ter saído.

Vítimas de tráfico, as aves são a grande maioria entre os animais resgatados pela Cprh, principalmente papagaios.

Só em dezembro, foram 1.441 entradas no Cetas, que fica no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Infelizmente 18 por cento dos animais acolhidos morreram, pois muitos chegam ao Cetas totalmente depenados, feridos e, muitas vezes, sem condições de reintrodução à natureza.  Lá, por exemplo, há um urubu que não tem mais condições de voar e tartarugas sem meios de retornar ao mar, depois de sofrerem maus tratos.

O balanço de 2017 mostra que os 9.153 animais silvestres com passagem no Centro de Triagem estavam assim divididos: 7.886 aves, 693 répteis, 515 mamíferos, 54 exóticos e 5 aracnídeos. Entre os mamíferos – cada vez mais raros em nossas matas – encontram-se capivaras, cervos ,  raposas, preguiças, timbus e até onças.   O Cetas promoveu a soltura 5.454 animais. Foram 4.746 aves, 459 répteis, 245 mamíferos e 4 aracnídeos, todos liberados em áreas monitoradas pelo órgão ambiental. Infelizmente, houve óbitos, pois 1.697 animais morreram, em 2017 (1.426 aves, 197 mamíferos, 73 répteis e 1 aracnídeo).

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh/ Divulgação

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