Responsável pela maior concentração de casos da Covid-19 em Pernambuco (quase 58 por cento), o Recife acaba de ganhar o maior hospital de campanha para enfrentamento da pandemia na cidade. Localizado no bairro dos Coelhos e com 420 leitos, o Hospital Provisório Recife 2 foi entregue esta manhã pelo Prefeito Geraldo Júlio (PSB). Erguido em 27 dias, é quinto dos sete hospitais de campanha previstos pelo Plano Municipal de Contingência Covid-19. O Recife 2 possui cem leitos de terapia intensiva e 320 de enfermaria. E está instalado em um galpões que somam 8.000 metros quadrados.
O Plano Municipal de Contingência Covid-19 prevê que os sete hospitais de campanha ofertem cerca de 1 mil 200 leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus, sendo mais de 300 leitos de UTI com respirador. “Aqui vão poder ser realizadas mais de oito mil internações nos próximos meses e muitas vidas serão salvas”, disse o socialista ao inaugurar o Recife 2 que, no entanto, só começa a funcionar de fato na próxima segunda-feira. Geraldo Júlio ratificou, mais uma vez, o pedido para que as pessoas mantenham o isolamento social, determinando pelas autoridades. É a única forma de evitar a expansão da pandemia e, em consequência, a equilibrar a oferta e a demanda por leitos devido ao coronavírus. Até a noite do domingo, Pernambuco tinha 2.459 casos registrados da Covid-19, dos quais 1.399 são do Recife. E das 216 mortes registradas no Estado até a noite do domingo devido ao coronavírus, cem ocorreram na capital.
A unidade Recife 2 foi montada utilizando-se antigos galpões na Rua Largo dos Coelhos. Os 320 leitos de enfermaria e 100 de UTIs do Hospital Provisório Recife 2 serão administrados pelo Fundação Martiniano Fernandes, ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). A abertura dos leitos para os pacientes está prevista para a próxima segunda-feira (27) e será de forma gradual, até atingir o pleno funcionamento, informa o Secretário de Saúde, Jailson Correia. Ele acrescenta que dos 1.200 leitos previstos, 819 já estão entregues, dos quais 86 por cento já se encontram ocupados com pacientes da Covid-19.
“Já estamos com as equipes selecionadas e em treinamento para os leitos restantes”, explica ele. Apesar do aumento da oferta de leitos, o isolamento social tem que ser mantido. “Se as pessoas não obedecem a essa orientação, os leitos não serão suficientes”, diz. No Recife 2, serão atendidos apenas os pacientes encaminhados pela Central de Regulação. Dos sete hospitais de campanha pretendidos pela Prefeitura, quatro já estão em funcionamento: Policlínica Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Policlínica Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura). E também o Hospital Provisório Recife 1 (Rua da Aurora, em Santo Amaro). Além desses, estão funcionando 67 leitos no Hospital da Mulher, sendo 33 de UTI. O HMR também abrigará um hospital de campanha, na área externa da unidade. Para viabilizar a implantação dos hospitais de campanha, a Prefeitura do Recife tem feito cortes de despesas que já chegam a R$ 230 milhões (revisão de contratos de prestação de serviço, consultorias, locação de veículos, combustível, energia elétrica, materiais de consumo, além de novos aluguéis, passagens aéreas e diárias). Já o Governo de Pernambuco tem quase 600 leitos já instalados.
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