Má sinalização em obra da Compesa oferece riscos a condutores em Apipucos

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Sei não… A Compesa realmente parece que não toma jeito. Como se não bastasse a grande quantidade de esgotos estourados que a gente encontra pelas ruas, a empresa permanece não tendo o menor respeito pela vida humana. Olhem só a sinalização dessa obra parada, onde há quinze dias não aparece uma máquina nem um operário para concluir. Além de “comer” uma faixa da Rua Apipucos, a sinalização é tão pouco eficiente, que já houve vários pequenos acidentes, ao ponto dela estar com parte jogada ao chão.

Na noite escura, é difícil perceber essa malha laranja. Pior: o local, próximo ao 11º Batalhão da Polícia Militar, é o mesmo onde em agosto de 2021 um motoqueiro morreu, ao colidir com a rede de “proteção” por conta de um mesmo problema, sinalização inadequada. Ele bateu na rede, caiu no buraco aberto pela empresa e quebrou o pescoço na queda. Segundo um amigo da vítima, Wagner Lima, a sinalização se limitava a uma “tela laranja que estava caída ao chão”. O buraco era maior que o atual. “E ocupava uma faixa completa da via, que é de mão dupla”.

Na  época do acidente, mobilizamos a Câmara Municipal, e a vereadora Cida Pedrosa (PC do B), sempre muito cuidadosa, conseguiu aprovar um requerimento solicitando aos órgãos públicos que sinalizem obras com mais eficiência como, aliás, determina a lei.

Obra atrapalha oferece riscos a motoristas na 17 de Agosto. Local já tem registro de morte devido a acidente

Ela solicitara aos órgãos públicos do Recife a “fiscalização de sinalização de obras e serviços nas vias terrestres públicas da cidade”, o que deveria ser feito “com base em manuais da Emlurb e das normativas que afetam as matérias visando evitar acidente”. Até que, a princípio, funcionou. Mas depois, o descalabro recomeçou. As leis sobre o assunto, ninguém cumpre. Nem mesmo quem deveria dar o exemplo, que são os órgãos públicos. Essa obra daí, que nunca termina, deixou sem água imóveis nas redondezas.

Hoje, por volta de 14h30, o motorista Eduardo José, colidiu com a sinalização e arranhou o automóvel em que viajava, rumo à BR 101.  Já habituada a ouvir os constantes acidentes – embora ainda de pequenas proporções – atravessei a rua e me deparei com o rapaz, revoltando com “a falta de sinalização”. Ele foi desviar de um carro e quando percebeu já estava em cima do buraco, pois sinal que é bom… nada. Ele disse que vai acionar a Compesa. Tirou fotos para questionar o absurdo na justiça. Com o impacto, foi desencaixada uma peça onde fica o farol de neblina do Onix Sedan branco que dirigia. Dos males, pelo menos, o menor.

E embora o descuido em foco aqui seja da Compesa, é observado, também, em obras municipais, em intervenções feitas por outras prestadoras de serviço e operadoras. Além de obras mal sinalizadas, o pedestre se defronta com calçadas ocupadas (obrigando as pessoas a disputarem espaço com os carros no asfalto) armadilhas provocadas por fios soltos e buracos. Descuidos com a sinalização no meio das vias de grande movimento do trânsito são criminosos, pois machucam e  até matam, como foi o caso do rapaz que morreu na Dezessete de Agosto, ao colidir com uma obra mal sinalizada. Em 2023, a vítima foi um prestador de serviço da Emlurb, que saía de um bueiro em Santo Amaro, quando um carro passou por cima.

Desse jeito… nossa cidade fica parecendo… Deixa prá lá….

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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