Estive sexta-feira andando pelo centro da cidade, logo cedo. Fui apurar denúncias que recebera de árvores derrubadas, no Pátio do Carmo e também na Rua da Aurora. Fui muito cedo, em horário que o comércio ainda estava abrindo. Passei pela Rua do Riachuelo, Aurora, Ponte Princesa Isabel.
Depois, fui ao Pátio do Carmo, onde uma palmeira foi erradicada na semana passada. Como estava perto, dei uma passada rápida pela Avenida Dantas Barreto, Rua da Praia, Mercado de São José. Fiquei impressionada com a diferença de paisagem do Recife entre o inicio da manhã e o final da tarde, quando o lixo a ela se incorpora.
As ruas estavam limpas, varridas, parecíamos uma cidade civilizada, diferente daquela que a gente e está acostumada a observar à noitinha, quando os descartes se amontoam no meio-fio, nas esquinas, no asfalto. Das duas uma: ou faltam locais adequados para se colocar o lixo, ou o povo é mal educado mesmo, e joga tudo no chão. Nesses casos, as multas estariam valendo. Porque lição boa é a que dói no bolso. Também não sei se há falhas, por exemplo, no horário das coletas.
Lixo à parte, fiquei impressionada, também, com a buraqueira e a ocupação das nossas calçadas. Na Rua do Porão, que fica ao lado do Mercado de São José, elas nem servem para caminhar. Estão tomadas por ambulantes e por buracos. Na Praça Dom Vital, o lixo estava em quantidade menor do que observara no ano passado, quando estive lá, e vi uma montanha de caixas no meio da Praça com altura superior aos meus 1m60cm. Lixo ainda tem na Dom Vital. Mas em menor quantidade. No entanto, seus seus bancos viraram depósitos de trapos. É neles que mendigos e sem teto que ali vivem guardam seus pertences.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife