Muito solicitado aos finais de semana, o Jardim do Baobá terminou por se transformar no mais novo espaço de confraternizações de fim de ano. E durante os dias úteis. Hoje pela manhã, por exemplo, colegas de trabalho de uma empresa que fica próxima ao local, faziam sua comemoração natalina, entre distribuição de presentes, mesa posta com doces e salgados, e até com direito a brincadeira no balanço. Pelo menos, foi o que vi na minha caminhada matinal, pelo bairro das Graças. Era uma manhã alegre e ensolarada. E o baobá lá, à beira do Rio Capibaribe, imponente, um perfeito anfitrião, enquanto o grupo se divertia.

O Jardim, no entanto, não está um primor de manutenção. O gramado permanece quase seco, e começou a se recuperar com essa chuva que vem caindo nos últimos dias. O canteiro com mudas de árvores como canela, cajá, goiaba mulata, aroeira, palmeiras e pau de jangada virou uma tristeza. Todas as plantas estão quase morrendo, com as folhas secas, como é o caso da pitangueira, do pau de jangada e da aroeira. A rua Madre Loyola, que recebeu tratamento especial – um dos caminhos que leva ao Jardim – já tem uma cratera feia. E oito dos canteiros lá implantados não possuem, uma árvore sequer. Com as plantas, o caminho ficaria muito mais bucólico.

Há alguns dias, constatei no local equipamentos para perfuração de um poço que forneça água para regar as plantas do Jardim. Mas nas duas últimas vezes que estive no local, só vi os equipamentos, e nenhum homem trabalhando. Dizem os zeladores do espaço, que o poço deveria estar perfurado, mas que uma rocha no meio do caminho atrapalhou o serviço. O fato é que água tem, e muita, do próprio Rio Capibaribe. Será que precisava furar poço? Ou bastava uma bomba hidráulica para puxar água do rio. Das duas, uma: ou o poço é desnecessário, ou a água do rio está tão suja que não serve mesmo para nada. Nem para regar plantas.
(Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife)