Ele é tido como um dos melhores do Brasil e é considerado o melhor do Nordeste. Enganam-se, no entanto, aqueles que pensam que o Jardim Botânico do Recife é um lugar só de lazer para visitantes. Entre suas muitas funções, estão a educação ambiental, a pesquisa, a produção de mudas e contribuição para a preservação da Mata Atlântica, na qual está inserido. A produção de mudas, no entanto, não é grande, pois a capacidade anual do seu viveiro é de 1.200 plantinhas, o que não chega a ser muita coisa para uma cidade com as necessidades do Recife, onde a política arborização não chega a ser um primor. O #OxeRecife torce para que essa produção seja maior.
Até porque as mudas do JBR se destinam não só ao consumo interno, como também à arborização urbana. Portanto, quanto mais mudas, melhor. Porém, as coletas no primeiro semestre de 2021 foram bastante prejudicadas, devido à pandemia. As mudas que o JBR conseguiu produzir, cerca de 800, foram resultantes de sementes coletadas no final de 2020 e de outras que foram recebidas do Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste – Cetene (para engorda). No viveiro, atualmente há mudas de 29 espécies, pertencentes a dez famílias botânicas, incluindo pau-brasil, ipês, sibipiruna, pau-ferro, pau-de-jangada, todas nativas da Mata Atlântica. Nesta semana, foram plantadas 25 mudas de três. São elas: a Banana-do-papagaio (Himathatus bracteatus), o genipapinho (Tocoyena brasiliensis) e a jabuticaba do Cerrado (Eugenia bimarginata).
De acordo com a engenheira florestal e analista do JBR, Ladivânia Nascimento, o trabalho de recomposição de floresta deve acontecer durante o inverno, no período das chuvas, que em Pernambuco ocorre de maio a julho. Ela diz que a ação se torna mais econômica, uma vez que dispensa o gasto com irrigação. No JBR se desenvolvem pesquisas como a reintrodução de bromélias ao seu ambiente natural. E embora situado em área de Mata Atlântica, o JBR possui oito jardins temáticos: jardim dos biomas, palmeiras, bromélias, flores tropicais, cactus, plantas medicinais, orquídeas e jardim sensorial.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / JBR / Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife