O bairro do Ibura brilhou, na noite da terça-feira, no Sítio da Trindade, o maior e mais tradicional arraial do Recife. É que a quadrilha junina Matutinho Dançante, foi a grande vencedora da 21ª edição do Concurso de Quadrilhas Juninas Infantojuvenis, realizado pela Prefeitura. No ano passado, o mesmo grupo havia arrebatado também o primeiro prêmio. A segunda colocada também veio do mesmo bairro.
O tema escolhido pela Matutinho foi “Mistérios do Sertão: Maria e João”, celebrando o imaginário e a tradição oral nordestina e brasileira, que se confirmam nas histórias e lendas que atravessam gerações, perpetuando valores da Região. O segundo colocado, vindo do mesmo alto popular, localizado na Zona Sul do Recife foi a Brincant’s Show. Ela foi vice campeã, com o tema “Vitalinos, severinos ou virgulinos, com quem será?”, falando do amor e da cultura popular, que transformam destinos.

Já o terceiro grupo classificado foi a “Mirim Matulão”, de Jaboatão, que trouxe para o pavilhão um colorido espetáculo, misturando fé e festa, com o tema “Eu te benzo, a fé que te cura”, celebrando a tradição nordestina das benzedeiras, cada vez mais raras nas capitais porém ainda muito comuns no interior. Os prêmios são de R$ 10 mil, R$ 7 mil e R$ 5 mil.
Profissionais envolvidos terão direito a R$ 750, em notas em quesitos importantes na avaliação levada em conta pela comissão julgadora: casamento, figurino, marcador, coreografia, desenvolvimento de tema e trilha sonora. As vencedoras foram nesses quesitos foram respectivamente, as mirins Matulão, Raio de Sol, Brincant’s Show, Coração Mirim, Trapiá e Raio de Sol novamente.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Paulinho Mafe / PCR
Eu,realmente, não consigo me ” encantar” com essa nova roupagem da quadrilhas nordestinas, as quais seguem o mesmo padrão adotado nas escolas de samba:enredo, coreografia, marcação…
Entendo perfeitamente a importância das mesmas nas comunidades, gerando renda através de uma economia ativa e solidária, inclusão e representatividade
das minorias.
Mas em se tratando de cultura popular, para mim ela não se insere como elemento tradicional e de raíz nordestina,tão importante para a preservação de nossas manifestações culturais autênticas, funcionando mais como forma de entretenimento e,claro,atingindo um público expressivo.