Enfim, uma notícia boa. Lembram da casa onde morou Capiba (1904 -1997), que foi desapropriada na gestão do então Governador Paulo Câmara, e que passou um tempo quase caindo, sendo alvo de vândalos e marginais? Pois a restauração do imóvel, anunciada no final de 2024 pela Governadora Raquel Lyra, chegou à etapa final e deve ser entregue à população ainda neste mês, quando passará a ser utilizada pelo Conservatório Pernambucano de Música.
O imóvel, que fica na Rua Barão de Itamaracá – no bairro do Espinheiro – foi construído por Capiba em 1948, e foi lá que ele morou grande parte de sua vida. Após a morte do compositor, a família chegou a anunciar a venda da residência, mas o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco decidiu pelo tombamento, o que foi oficializado em 2017, com a promessa de que a casa seria transformada em um centro cultural, para desenvolvimento de atividades educativas e artísticas via CPM. Após a desapropriação, a casa foi vandalizada, pilhada e até invadida enquanto o acervo do artista seria levado pela viúva, Zezita Barbosa, para Surubim, onde Capiba nasceu.
Em outubro do ano passado, a recuperação foi anunciada. Na época, Raquel disse que o investimento seria de R$ 1,5 milhão e que a obra deveria ser concluída no prazo de dez meses. Passado um ano, soube nesta semana que os serviços estão praticamente concluídos: recuperação da cobertura e das esquadrias, requalificação de ambientes, respeitando-se a fachada original e mantida a pintura da cor de “a mesma rosa amarela”, um dos seus sambas mais famosos do artista. Agora tem elevador para o primeiro andar, salas de aula, e o espaço da casa também foi ampliado de 147 para 225 metros quadrados.
O governo de Pernambuco está correndo para ver se consegue fazer a inauguração do espaço no dia 28 de outubro, dia do nascimento do compositor. De acordo com O Gerente de Ensino, Pesquisa e Promoção Musical do CPM, Lucas Guerra, ali passarão a ser realizados, também, ensaios de grupos representativos do Conservatório, como a Orquestra Sinfônica de Pernambuco, a Orquestra Sinfônica Jovem de Pernambuco, a Orquestra Sinfônica Infantil de Pernambuco, a Banda Sinfônica do Conservatório, entre outras.
Nessa semana, por acaso encontrei Lucas Guerra e Amaro Filho. Além de ser professor e um dos diretores do Conservatório, Lucas é diretor de formação do Instituto Capiba, que foi criado há três meses com a missão de preservar o legado do compositor, que inclui um acervo de 4 mil fotografias e 10 mil partituras, entre outras relíquias. Já Amaro Filho é produtor cultural e diretor executivo do IC. Breve, o #OxeRecife traz novidades sobre o IC. Anotem. O IC é do barulho (do bom barulho) vem muita coisa boa por aí! Aguardem as novidades. Nos links abaixo, mais informações sobre Capiba, sobre o IC e sobre música
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: divulgação e Cepe / Acervo #OxeRecife
Eita que notícia boa, Letícia! A Casa de Capiba representa um ganho de importância incalculável para o ensino musical no nosso estado. Quando o assunto é trabalho a governadora é incansável. Enquanto isso o prefeito faz a dancinha.