Gelos baianos no caminho do pedestre

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Se tem uma coisa que embrutece a paisagem urbana do Recife é o tal do gelo baiano, como se chamam esses blocos de concreto horrorosos, que “disciplinam” o trânsito. O problema é que no Recife eles estão em todos os lugares. Incluindo aqueles onde menos deveriam estar: as calçadas que deveriam estar livres,  para a segurança dos pedestres.

Há calçadas onde eles ocupam tanto espaço, que obrigam o pedestre a andar pelo asfalto, como já mostrei aqui, no #OxeRecife. Essa prática nefasta do poder público impõe uma série de riscos às pessoas.  No entanto, estão em bairros e até no centro, em áreas de grande movimento.  Vejam, or exemplo, os blocos que ficam em calçada na Avenida Dantas Barreto, em frente à Matriz de Santo Antônio, onde meu amigo Alexandre Cesário de Trindade quase leva um tombo. Foi durante um percurso feito em uma das Caminhadas Domingueiras, comandadas pelo amigo Francisco Cunha. Estávamos conversando, e Alexandre se distraiu. Tropeçou, e por pouco não caiu.

Na galeria abaixo, veja alguns exemplos de gelos baianos obstruindo o caminho dos pedestre. Sinceramente, a cidadania a pé, como é que fica?

No ano passado, Alexandre sofreu um acidente justamente devido a um gelo baiano no meio do caminho. Ele estava apressado para tomar um ônibus, tropeçou no monstrengo que estava  indevidamente na calçada  e caiu. “Ia pegar um ônibus na esquina da Avenida Norte com a Rua Cônego Barata, pouco mais de nove horas da manhã e havia um gelo imenso na calçada”, recorda.

“Eu caí e bati com a testa no chão”, reclama. Para sua sorte, havia um templo evangélico junto ao local do acidente, onde foi socorrido. “Tive um ferimento muito desagradável e no momento da queda, os frequentadores da Igreja Evangélica Congregacional me socorreram”. Até hoje não consigo entender porque no Recife há gelo baiano em cima de calçada.  O que fazem eles na área destinada a pedestres? Há locais onde há blocos imensos de concreto, protegendo os postes. Enquanto isso, os cidadãos que pagam em dia seus impostos, ficam sem proteção nenhuma. Pode?

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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