Forró transmite valores “bonitos, empáticos, honestos e solidários”

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Quem pensa que o forró é só arrasta pé, não perde por esperar. Porque o forró é muito mais que isso. É não só identidade do nordestino, mas também um gênero musical que transmite valores “bonitos, honestos, empáticos e solidários”. Pelo menos é o que diz o músico, professor e pesquisador Climério de Oliveira Santos, que na terça-feira (29/09) participa de live para discutir o assunto.

E a data é boa, pois fecha o ciclo de festas de santos juninos, que no Nordeste são comemoradas com muito baião, xaxado e forró. Mas é o forró que estará na ordem do dia, a partir das 19h de amanhã, quando ocorre debate sobre o assunto na edição de junho de Conexões Literárias, que é produzido pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE). O web programa será transmitido pelos canais da Cepe e da Secult no YouTube.

Para Climério de Oliveira, o forró é  bonito, empático, honesto e solidário, além de ser identidade do nordestino.

Climério de Oliveira e Ludmila Portela Gondim Braga – professora de língua portuguesa no Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão – conduzirão o tema da live, Literatura e Canção Popular: o forró na berlinda.  Ludmila  é  professora de língua portuguesa no Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão,  e atua, principalmente, em questões que envolvem as interfaces entre poesia, canção, cultura popular e performance. Climério é autor do livro Forró: A codificação de Luiz Gonzaga (Cepe-2014). A mediação é do coordenador de literatura da Secult, Roberto Azoubel

No bate-papo da terça-feira, “será abordada a relação da poesia com a música e em que aspectos interessam aos estudos literários as letras de canção; por que canção e poesia se imbricam e como a Literatura tem se ocupado desses objetos estéticos, uma vez que estamos diante de compositores populares que percorrem a borda da poesia popular, aquela que é fonte e nunca seca, nascida do passado imemorial”, informa Ludmila Portela Gondim. “A ideia é conversar sobre o cancioneiro popular nordestino e como as letras de forró possuem poder de representar por meio de imagens simbólicas a vida nordestina e as experiências desses sujeitos compositores”, declara a professora.

Para Climério de Oliveira Santos, o forró não é uma festa qualquer. “É uma festa em que, historicamente, se construiu uma relevância, uma identidade, a identidade do nordestino, do brasileiro, e não só do retirante, mas também do nordestino alegre, como dizia Jackson do Pandeiro. E não só do nordestino alegre, mas do brasileiro, porque o forró não é só do Nordeste, ele já tomou conta do Brasil e tem uma diáspora do forró também se espalhado pelo mundo”, destaca o cantor e compositor.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cepe / Divulgação e Shopping Recife (Acervo #OxeRecife)

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