Uma historiadora, uma professora e uma psicóloga social. Apesar da diferença de profissões, Luciana Seabra (37), Anita Presbítero (37) e Sandra Wanderley (47) têm uma coisa em comum: amam os livros. E a leitura, claro. E gostam tanto de ler, que viviam conversando sobre romances, biografias, contos, poemas, tudo que viam. E os laços foram ficando cada vez mais estreitos.
As conversas sobre o que liam fluíam no WhatsApp. O grupo foi crescendo e passaram a trocar ideias e informações via Scape. Mas continuou crescendo, e foi parar no Facebook. E terminou nas reuniões presenciais. O Floriterárias foi criado em abril de 2016, e já promoveu 14 reuniões com mulheres que adoram ler. Sim, mulheres. Porque o Floriterárias, como as três costumam dizer, “é voltado para mulheres maiores de 18, independente de raça, credo e posicionamento político”.
O objetivo: incentivar a leitura e o contato sistemático com livros. Por esse motivo, a cada encontro, um livro é discutido. “O foco da gente é ler”, afirma Anita. Um detalhe: embora o Floriterárias seja voltado só para mulheres, os autores abordados podem ser de qualquer sexo. Recentemente discutiram o livro Muito Além do Corpo, de Luzilá Gonçalves Ferreira, um verdeiro patrimônio de sapiência, quando o assunto é literatura feminina. E a autora, que bom, esteve presente.
As garotas do Floriterárias fazem reuniões em cafés, restaurantes, pizzarias, onde der. O próximo encontro acontece no sábado (1 de julho), a partir das 14h. O local será o Museu de Artes Afro Brasil Rolando Toro, que fica na Rua Mariz de Barros, 328, no Recife Antigo. O livro a ser discutido é Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie 40. Natural da Nigéria, a escritora é tida como uma das mais importantes entre os jovens autores anglófonos. Ngozi é autora de Hibisco Roxo, Meio Sol Amarelo, Sejamos Todos Feministas e Todos Devem Ser Feministas. Nas redes sociais, o grupo ganhou amigas de vários países, incluindo México, Estados Unidos e Itália.
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Serviço:
Conversa sobre o livro Hibisco Roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie
Onde: Museu de Artes Afro Brasil Rolando Toro, Rua Mariz de Barros, 328
Data: 1 de julho, sábado
Horário: 14h
Critério para participar: o acesso é gratuito. Mas as pessoas precisam ter lido o livro. Há regras para o encontro, que podem ser obtidas via Facebook ou através de floriterarias@gmail.com
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação