Programado bem antes do ex Presidente Lula ser libertado, o Festival Lula Livre já está nas ruas do Recife, que vive uma dia tão movimentado quanto aqueles observados em campanhas eleitorais. Muita gente de vermelho, blocos de carnaval, bandeiras, cartazes e mais de 40 artistas convidados mobilizam as ruas do centro da cidade, que normalmente são quase mortas aos domingos. É o primeiro ato público do petista, depois que ganhou a liberdade. Nas ruas, muita gente comemorando. Hoje, enquanto caminhava pelos bairros de Santo Antônio e Boa Vista, alguns vendedores ambulantes gritavam “Lula Livre”, a cada pessoa que passava. Na praia, bem cedinho, o sorveteiro José Severino de Barros também comemorava. “Dizem que Lula roubou, ele pode até ter roubado, mas tem que dar o desconto”. E explicou: “No tempo dele, eu voltava da praia com o carrinho vazio. Hoje, mesmo no verão, só consigo vender a metade dos picolés que vendia antes”, afirma, mostrando no micro um problema macro: a queda no poder de compra, a retração do consumo. Na Praça do Carmo do Recife – local de grandes manifestações populares e onde Lula já esteve muitas vezes – a festa já está no ar.
Começou ao meio dia, mas muita gente se concentrou antes no Armazém do Campo, novo point da esquerda pernambucana ( o outro é a Praça do Arsenal, mais precisamente no Teatro Mamulengo) Artistas incluindo de outros estados – como Chico César, Marcelo Jeneci e Odair José – também passam pelo palco do Festival Lula Livre, que tem transmissão ao vivo por diversos canais e redes sociais. Conhecido pelas suas posições políticas, o Bloco Eu Acho é Pouco puxou cortejo saindo da Rua do Imperador, onde fica o Armazém do Campo, seguindo para a Av Dantas Barreto, onde está montado o palco gigante para receber o petista, que deve chegar lá por volta das 17h20m. Isto é, se não houver atraso na agenda, porque em política são raros os compromissões que acontecem na hora marcada.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Festival Lula Livre