Já consolidado como um dos festivais mais importantes do Recife – e agora completando duas décadas – o No Ar Coquetel Motolotov acaba de virar filme. Ou melhor, um documentário que mostra não só a evolução do evento como as transformações pelas quais passou a música da capital pernambucana, ao longo de 20 anos. A pré-estreia acontece na noite dessa quinta-feira (4/4), às 19h, no Teatro do Parque. O acesso à exibição de Coquetel Molotov. DOC é gratuito.
O documentário é uma realização da Coda Produções e Ministério da Cultura; conta com patrocínio do Excelsior Seguros e Grupo Moura; e apoio do Nubank. A produção audiovisual resgata a trajetória do Coquetel Molotov, indo do rádio até os grandes palcos da cidade. E conta com depoimentos dos fundadores do evento: Ana Garcia, Jarmeson de Lima e Viviane Menezes. Também são ouvidos músicos, técnicos, colaboradores e integrantes da equipe do evento que, hoje em dia, emprega mais de 500 pessoas a cada edição.
A programação contará com a participação de Benke Ferraz (fundador do Boogarins) e de novos talentos da cena recifense – alguns dos quais ainda não lançaram trabalhos oficialmente. Entre eles, destacam-se a poetisa paraense 0800Tete0001, a bailarina Diana Altino, a cantora Mariana Rocha e o cantor Eraldo. Será uma oportunidade imperdível de conhecer esses artistas e celebrar a diversidade e a criatividade da cena cultural local. No doc, são relembrados momentos emblemáticos, como a apresentação do Racionais MCs, que levou o público para cima do palco; ou para o show da então pouco conhecida Karol Conká numa pequena sala do festival. Também edições marcantes, que tiveram a participação de Milton Nascimento com Lô Borges, além da primeira vinda de Emicida ao Recife. Artistas novos como Tasha & Tracie, Letrux e MC Carol aparecem em anos mais recentes do Molotov.
Também imagens de 2004, quando aquele grupo jovem de amigos resolveu encarar a ousada empreitada de trazer a banda escocesa Teenage Fanclub ao Recife. Estive várias vezes no Molotov, mas a maior lembrança que tenho é a presença do saudoso Moraes Moreira (1947-2020) no festival. Era uma noite morna de 2012, que terminou memorável, ao pipocar com a presença do ex-violonista e ex vocalista da extinta e histórica banda “Novos Baianos”. Lembro-me bem dele interpretando sucessos do álbum “Acabou Chorare”, lançado em 1972 . E e que à época, portanto, já completara 40 anos, o que equivalia praticamente ao dobro da idade média do público do Molotov. Todo mundo cantou junto com o artista, as músicas do álbum: de Preta Pretinha a Besta é tu, de Mistério do Planeta a Tinindo Tricando. Cantou, também, grandes sucessos posteriores, como Festa do Interior (1981). Acho que cantou, também, Sintonia (1986), mas não tenho certeza.
Confira o vídeo. E, nos links baixo, mais informações sobre a cena musical pernambucana.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Uhgo e Thalys Alves / Divulgação