Fantasmas no Forte das Cinco Pontas

No último sábado estive com minha amiga Conceição Campos no Forte das Cinco Pontas, não só para visitar a fortaleza, mas também para ver a exposição sobre fachadas e platibandas do bairro de São José, pelo qual tenho verdadeiro fascínio. Não só pela sua história, mas também pelo seu casario ainda preservado (embora encoberto com as famigeradas placas de acrílico usadas pelo comércio), pelos seus becos, pelas suas tradições carnavalescas.

O que eu não sabia é que o bairro também é rico em histórias de assombração, aquelas que vivem alimentando o imaginário popular da nossa cidade. Já que o #OxeRecife vem falando do tema desde a quinta-feira, não custa nada reforçar a crença de que a nossa capital é “a cidade mais assombrada do Brasil”, segundo afirma Roberto Beltrão, especialista no setor. Essa lenda abaixo quem nos conta é o Professor Emanoel Correia, através de postagem no Grupo Bora Preservar.  Então, vamos a mais uma lenda urbana?

Passar tarde da noite em frente ao Forte das Cinco Pontas tornou-se uma aventura para poucos. Contam diversos transeuntes que fatos estranhos acontecem quando as suas portas se encerram. Vultos surgem do nada em trajes do século 17, carregando arcabuzes e com espadas levantadas apontando para quem passa no local. São ouvidos gritos que são dados como ordem para atacar e disparar canhões, trazendo aflição e medo pelas vidas dos que passam no local. Dizem que é desesperador, levando as pessoas em muitos casos a perder os sentidos e outras a correr, pois ficam  desorientadas de tanto medo que têm. O pior é que do nada tudo volta ao normal, como se nada tivesse se passado. Quando os vigilantes são questionados pelos ocorridos, normalmente respondem. “Eu, pelo menos, não ouvi nada de estranho dentro deste recinto”.  E, assim, os fantasmas do Forte continuam a sua saga  de atormentar os desavisados, mergulhando no mundo real dos vivos. Por que? Ninguém sabe responder. Especula-se que sejam almas penadas que insistem em habitar o local. Mas uma pergunta fica no ar. Por que apenas os passantes conseguem ver tais aparições? Por que os vigilantes não ouvem nem vêm nada? Dizem que pelo fato das almas acharem que eles façam parte da defesa do Forte. E seriam, portanto, seus aliados.

História boa, não é? Mais uma para se somar ao repertório de lendas urbanas do Recife, que aumenta a cada dia. Roberto Beltrão, criador do Projeto Recife Assombrado que o diga….

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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife e Emanoel Correia / Grupo Bora Preservar
Foto: Andréa Rego Barros (PCR) /  Acervo #OxeRecife

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