Se você ainda não comprou sua fantasia ou falta algum adereço para o carnaval, , não precisa correr nem se estressar. É que até o fim da festa, os foliões que frequentarem o Bairro do Recife poderão comprar, a preços acessíveis, camisas, brincos, sandálias, sombrinhas, arranjos de cabeça, máscaras e outros itens relacionadas à folia. É que uma Central do Artesanato está funcionando na Praça do Arsenal, ao lado do Paço do Frevo. São 32 artesãos expositores, vinculados ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte). O espaço, como ocorre em todo carnaval, foi criado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo. Veja os horários: a Central abre às 16h durante a semana pré-carnavalesca e no Sábado de Zé Pereira. E às 14h da sexta-feira (01/03), assim como do domingo à terça de Carnaval.
“Estou trazendo adereços e sombrinhas enfeitadas. Todo ano eu sinto uma gratidão enorme por participar dessa festa linda”, diz a artesã Rita de Cássia, 55, que trabalha há 15 no carnaval. Também no Bairro do Recife, durante o Carnaval, o folião poderá contar com mais de 200 empreendedores que vão comercializar comidas e bebidas nos polos da folia. Serão 98 barracas de comida e bebida, além de 10 tapioqueiras, distribuídas pelos pontos de maior movimento: proximidades do Marco Zero, praça do Arsenal, Cais da Alfândega, ruas do Bom Jesus, Alfredo Lisboa, Mariz e Barros, Barbosa Lima e Dona Maria César. Eles fazem parte de sete grupos de Economia Solidária com atuação na área central da cidade.
Infelizmente, no entanto, os petiscos oferecidos são invariavelmente os mesmos, a cada ano: cachorro quente, coxinha, charque com macaxeira, pastel, espeto. Ninguém cria uma comidinha diferente e quem que a Prefeitura poderia contratar algum chef para ensinar os empreendedores a criarem petiscos diferentes do convencional. Com certeza, faria o maior sucesso a exemplo daqueles que, nas areias da Praia de Boa Viagem, ofertam comidas diferenciadas.
Nos polos descentralizados (Várzea, Ibura, Cordeiro, Jardim São Paulo, Campo Grande, Brasília Teimosa e Chão de Estrelas), outros 88 profissionais das próprias comunidades estarão a postos para garantir que não faltem comida e bebida na festa. Vale destacar também que cinco mulheres da Associação Mãos que Transformam (grupo assistido pela Gerência de Economia Solidária) estarão a postos na Central do Carnaval, na Praça do Arsenal, na frente da Torre Malakoff. Não conheço o grupo, mas só pelo nome, já gostei. Vou circular por lá para ver o que ofertam. As mulheres das Mãos que Transformam vão vender adereços carnavalescos e customizar as roupas dos foliões. Dar um toque criativo em uma camiseta, por exemplo. Não em abadá para sair em bloco pago, que isso é coisa de baiano. Carnaval do Recife é livre e democrático. Segue o bloco quem quer. E não é preciso gastar.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Inaldo Lins/ Divulgação/ PCR