Falta de sinalização vertical de trânsito provoca confusão em Casa Forte

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Motoristas confusos, em Casa Forte, Zona Norte do Recife. É que a Praça que foi projetada pelo paisagista Burle Marx – e que é um jardim histórico tombado pelo IPHAN – é cortada por duas transversais, que ligam as duas faixas laterais que margeiam toda a sua extensão. Nas duas pequenas vias, o trânsito opera em sentido único. Uma para a direita e outra para a esquerda. O problema é que a sinalização vertical foi retirada na requalificação de calçadas e todo mundo está meio perdido.

Quem vem da Estrada das Ubaias rumo à Praça de Casa Forte, percorrendo a Rua Visconde de Ouro Preto, tem que vir no sentido único subúrbio/ cidade (foto acima). O problema é que, sem a sinalização vertical, os motoristas vêm se confundindo muito. Principalmente aqueles que não conhecem a região direito. Pois quem vem daquela via, ao chegar na esquina onde fica a sorveteria “Dois Tons” tem que ir em frente, se quiser chegar ao outro lado da praça. A transversal só tem uma mão. Quem vem de fora, não sabe das restrições e aí, já viu… Tem gente entrando pela contramão, colocando em risco pedestres habituados com o trânsito em apenas uma direção. Não cheguei a testemunhar, pois costumo passar ali na hora de menor movimento, mas pelo menos quatro amigas já me relataram a bagunça, nas duas transversais.

Transversal, com mão única (em frente à Escola Municipal Padre Donino) está sem sinalização: risco .

A outra transversal que ficou problemática, porque sem sinalização, é aquela em frente ao número 445 (Edifício Maria Clementina Vina, do lado direito de quem vem da Av. Dezessete de Agosto) e que vai até o outro lado da Praça, saindo em frente número 442, onde funciona a Escola Municipal Padre Donino. A mão dessa pequena travessa é inversa à da primeira. Ou seja, nela, o trânsito funciona no sentido cidade /subúrbio.

Quem vem pela Avenida Dezessete de Agosto no sentido Estrada do Encanamento – de carro, bike ou moto – e quiser, por exemplo, ir à Livraria da Praça ou à Loja Refazenda, ou à Sorveteria Dois Tons, tem que entrar nessa transversal da foto acima (que tem mão única também), para pegar a outra pista lateral da Praça. Mas sem sinal, o trânsito está complicado para quem não conhece. De manhã é calmo, mas de tarde, quando aumenta o movimento, a confusão é grande. A sinalização vertical que sobrou foi aquela que indica contramão na Rua Dona Maria Anunciada (onde fica o Edna Cabeleireira), para quem vem trafegando pela pista à direita, da Praça de Casa Forte. A Dona Anunciada tem nas esquinas, de um lado o Maria Clementina Vina (445) e, do outro, a Galeria Casa Forte (409). E, com essa sinalização vertical, os condutores sabem que ali não podem entrar, partindo da Praça. Mas quanto às duas vias menores, os moradores da Zona Norte estão assustados. Temem acidentes, inclusive contra pedestres, já que as duas transversais possuem – cada qual – mão única há décadas.

“Está difícil, porque quem vem de fora pela primeira vez entra na contramão sem saber. E quem mora na área, vez por outra é surpreendido por automóveis e motocicletas na contramão”, diz Rita Suassuna, que reside na Rua Visconde de Ouro Preto e tem testemunhando a desorientação dos condutores, quando caminha pela Praça. Por esse motivo, vamos apelar à Prefeitura do Recife e à CTTU para que recoloque no local as placas de sinalização. E, claro, bem visíveis. Porque essa daí da foto, só resolve um pedacinho do problema. E não é nas duas transversais…

Caso contrário, o perigo mora ao lado. Ou na frente da gente, o que é pior…

Uma correção. Apesar de necessária, a sinalização já existia, mas com movimento maior está cada vez mais necessária. É o que avisa Rita Suassuna, moradora da Rua Visconde de Ouro Preto, que dá acesso à Praça de Casa Forte, no sentido subúrbio-cidade:

“Leticia, só mais um esclarecimento: a sinalização vertical já não existia, antes mesmo da requalificação das calçadas. Além do perigo de carros e motociclistas trafegando na contramão, alguns moradores do prédio Luiz Numeriano e do prédio Maria Clementina ao lado da galeria, costumam entrar nas suas garagens também trafegando pela contramão das ruas. Esses sabem da contravenção mas não querem seguir o fluxo normal do trânsito”.

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

One comment

SOFIA DE PAULA LOPES disse:

7 de maio de 2025 às 10:14

Impressionante como algo tão elementar como ” sinalização correta das vias” (tamanho,cor,posição adequada)não seja adotada pela prefeitura/ cuttu.
Interessante, também, como enfatizam a “requalificação ” das vias, mas são incapazes de repor o que foi “desqualificado” e “largado”nas vias, sem qualquer responsabilidade pelo serviço prestado. Então é esperar o caos no trânsito da área e reclamação dos moradores para que haja uma solução.E o nosso IPTU, hein?! ….

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