Faculdade de Direito já está sem torre que ameaçava desabar

A chamada “operação de guerra” para retirada da torre do campanário que ameaçava desabar, na histórica Faculdade de Direito do Recife, já foi concluída. Agora, ela passará por restauração para retornar ao lugar devido, depois de receber materiais diferentes dos utilizados em 1980, que contribuíram para a corrosão que a fez tombar suas colunas de sustentação. O incidente, noticiado com exclusividade pelo #OxeRecife, levou a FDR a suspender as aulas, para evitar riscos a alunos e servidores. A torre fica a 40 metros de altura, e foi removida com a ajuda de dois guindastes e dez homens. A ação prevista para acontecer na semana passada, só foi realizada ontem, e perdurou por todo o domingo.

Quem passar, hoje, pela Rua do Riachuelo, já pode ver o campanário sem sua elegante e belíssima cobertura. Todo o processo foi supervisionado por Jorge Passos, Diretor Técnico da Empresa Jorge Passos – Arquitetura e Restauração, responsável pelo projeto executivo da primeira parte da quinta etapa de restauração da FDR, que desde 2007 passa por reformas. A remoção já foi feita pela JME Engenharia, encarregada da  parte operacional dos serviços de restauração. De acordo com Jonathan Félix,   Coordenador de Infraestrutura, Finanças e Compras da FDR, a operação foi “lenta e difícil”.

Remoção da torre do campanário da FDR foi domingo, lenta e trabalhosa, e classificada como “operação de guerra”

“Soubemos que o material utilizado em 1980 danificou mais as estruturas da torre do que o utilizado a mais de um século durante a construção do prédio. Agora, a peça vai ganhar reforço de cobre e fibras de vidro”, diz Jonathan, baseado em  informações repassadas pela Engenharia. “Levar chumbo, no entanto, como ocorreu no passado, não é mais permitido, porque o material é considerado muito danoso à saúde dos operários”, disse. Os serviços dessa etapa de restauração estão orçados em R$ 6.232.600, 43, dos quais cerca de R$ 3.500.000 já foram empenhados segundo o servidor da FDR. “Estão incluídos, a fachada posterior, intervenções nos forros da biblioteca e do salão de leitura, laboratório de restauro, forro intradorso do anfiteatro numero 5, o memorial Rui Barbosa, as abóbadas, cúpulas da fachada posterior, a torre do campanário (relógio), revisão de esquadrias e as cantarias”, acrescentou.

Nos trabalhos de reforma em início, “estão incluídos, a fachada posterior, intervenções nos forros da biblioteca e do salão de leitura, laboratório de restauro, forro intradorso do anfiteatro numero 5, o memorial Rui Barbosa, as abóbadas, cúpulas da fachada posterior, a torre do campanário (relógio), revisão de esquadrias e as cantarias”, acrescentou. Que bom. Finalmente! A FDR merece! O prédio é lindo, tombado e começou a funcionar em 1912. Para preservar a história da FDR, foi criado o Projeto Memória Acadêmica da FDR,  pouco antes das comemorações dos 190 anos da instituição histórica. O Projeto, que só tem rendido bons frutos, é coordenado pelo jovem professor Humberto João Carneiro Filho.  O Projeto dedica-se a resgatar a memória da FDR, a abrir suas portas para que a população conheça melhor a sua história e até algumas relíquias esquecidas em seu acervo foram encontradas, conforme inclusive o #OxeRecife já noticiou, aqui, com exclusividade.

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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Fotos: Jorge Passos/ Empresa Jorge Passos – Arquitetura e Engenharia/ Cortesia

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