A cada dia a Mata Atlântica atrai maior número de trilheiros, sejam caminhantes (foto) ou corredores. Gente consciente, que não joga lixo no chão, nem deixa rastro de sujeira por onde passa. O Grupo Correndo em Trilhas, por exemplo, realiza, na manhã do domingo (26), a Etapa Terra, a terceira do Circuito Solidário Trail Runner, que acontece na Guabiraba. As etapas somam quatro e a Terra será realizada exclusivamente na Mata Atlântica ainda existente naquele bairro, localizado na Zona Norte do Recife. A etapa é uma das mais aguardadas pelos trilheiros, por ser um misto de “superação e adrenalina”, de acordo com os organizadores, Val Tavares e Tati Marques.
O número de inscritos foi limitado em 120, e o evento não tem espírito de competição, mas sim de cooperação. É que além da inscrição simbólica de R$ 35, está sendo solicitado aos participantes um quilo de alimento não perecível, já que o grupo sempre recolhe doações para que sejam entregues a instituições de caridade. O Hospital do Câncer será um dos beneficiados. Por esse motivo, haverá troféus para a equipe que tiver o maior número de inscritos e para a que arrecadar a maior quantidade de mantimentos. A entrega deve ser feita no local de partida dos “atletas”.
O percurso contará com apoio (água, doces, mesa de frutas). E será composto por 80 por cento de trilhas e 20 por cento de estrada de terra batida. O roteiro possui ladeiras, lama, e descidas irregulares e escorregadias. Portanto, é preciso não só emoção, mas também cuidado. O Circuito é dividido nas etapas Ar (Paulista), Fogo (Abreu e Lima),Terra (Recife) e Água (Igarassu). O percurso do domingo chega a 19 quilômetros (trail longo). Mas há opções de nove quilômetros (caminhada ou trail curto), para gente que não é corredora como eu. Só ando. Ando muito, mas não corro. Na noite da sexta, o grupo já estava completo, não restando pois vagas para quem quiser respirar o saudável ar da natureza, curtindo perfume do verde e tudo que a Mãe Terra nos dá. A partida é ao lado do Centro de Treinamento do Náutico, à margem da BR 101.
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Texto e foto: Letícia Lins/ #OxeRecife
