Estação Ecológica completa 28 anos

Com 157 hectares em área remanescente de Mata Atlântica, a primeira Estação Ecológica de Pernambuco completa 28 anos na terça (18/2), com motivo para comemorar. Caso a área não tivesse sido comprada na época pelo governo de Pernambuco, teria se transformado em um aterro sanitário.  Ou melhor, em um lixão. Além de contribuir para a proteção de recursos hídricos, hoje a Esec Caetés desenvolve atividades de educação ambiental conservacionista, além de investigação científica, já que são muitas as pesquisas sobre sua diversidade. A Esec fica no limite entre os  municípios de Paulista e Abreu e Lima, a 20 quilômetros do Recife.

E só não virou um lixão  na década de 1980, devido à mobilização da população. Isso porque foi muito grande o empenho da comunidade Caetés I, de associações ambientalistas e de outras entidades que fizeram com que a obra fosse embargada e transformada em unidade de conservação (UC). A Reserva Ecológica foi oficialmente criada, com a promulgação da Lei nº 9.989/87.

Em dezembro de 1998, através da Lei Estadual nº 11.622/98, a Reserva Ecológica passa para a categoria de manejo denominada Estação Ecológica permitindo, assim, a visitação pública. Nesta semana, houve abraço simbólico na Esec (foto maior) e caminhada pelas ruas dos municípios de Abreu e Lima e Paulista (foto menor), na Região Metropolitana do Recife. Tudo para conscientizar parte da população sobre o descarte correto de lixo para evitar poluição no entorno da Esec Caetés.

“A questão do lixo no entorno da Esec Caetés é um problema muito sério. Nós combatemos esse tipo de prática e sempre encontramos parceiros na comunidade, que estão nessa luta de preservar o meio ambiente”, comenta a gestora da UC, Sandra Cavalcanti. Com o tema “Cuidar da natureza é cuidar da vida”, a caminhada teve início na Avenida D, em Caetés, em Abreu e Lima, e seguiu até a Estação Ecológica de Caetés, em Paulista.  As duas cidades são vizinhas.  A caminhada teve apoio das prefeituras de Paulista e Abreu e Lima, e contou com presença de técnicos da Agência Estadual o Meio Ambiente (Cprh) e policiais da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma).

Durante o percurso, os agentes populares ambientais da Estação Ecológica conversaram com comerciantes e moradores sobre questões relacionadas com o meio ambiente e distribuíram calendários ecológicos, com datas comemorativas ambientais. “Nós viemos com o intuito de alertar a comunidade sobre o lixo que é jogado na rua e que prejudica não somente a mata, mas compromete a qualidade de vida dos próprios moradores”, explica a educadora ambiental do projeto de formação de agentes populares ambientais, Renata Silva. De acordo com Sandra Cavalcanti, ao longo da semana serão realizadas outras atividades voltadas para a conscientização e preservação do meio ambiente.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação

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