Quem gosta de artes circenses, tem um prato cheio na noite da quinta-feira (3/4). É que o Teatro Hermilo Borba Filho oferece um espetáculo gratuito com acrobacia aérea em tecido, palhaçarias e outras linguagens típicas dos picadeiros da vida. É que às 19h acontece a Mostra Dinha, espetáculo “work in progress”, que traz um histórico de pesquisa que vem sendo efetuada pela artista circense Mainá Souza. Os ingressos estarão disponíveis gratuitamente ao público na bilheteria do Teatro uma hora antes do espetáculo.
Além da própria Mainá, cuja apresentação deve durar cerca de 50 minutos, o palco também será ocupado por João Fernando Dias, Ítalo Feitosa e Grabriel Marques (Adágio Triple); por Ropix (Pantera Rosa);e ainda por Luíza Fontes (Palhaça Gardênia). Além de fazer a plateia rir, a Palhaça Gardênia também será responsável por receber o público e atuará como mestre de cerimônia, adicionando mais um toque de comicidade à Mostra. Todos são artistas da cena circense local.
Mainá Souza apresentará o o resultado parcial de sua investigação cênica, revivendo memórias e construindo uma trama de afeto e pertencimento. Encerrando a noite, ocorre um bate-papo sobre o processo criativo, promovendo um espaço de reflexão e troca entre os artistas e público. Mostra Dinha é um trabalho que parte da autobiografia da artista, para criar uma narrativa emocionalmente envolvente e que traga impacto visual. Mainá estrutura sua pesquisa cênica a partir da relação com sua avó, explorando a importância dessa presença em sua história e identidade.
A obra tece em cena memórias marcantes, como as histórias contadas pela avó, seus conselhos e a energia vibrante que sempre a caracterizou, até sofrer um acidente isquêmico, durante a pandemia. Peças feitas de crochê (pertencentes a Dindinha, a avó, algumas feitas por ela mesma ou por sua mãe) tornam-se elementos cênicos que simbolizam o entrelaçamento entre o passado e o presente. Criada em um contexto em que as mulheres eram incentivadas a serem submissas e silenciosas, Dinha desafiou normas, conquistando seu espaço com determinação e autonomia.
A pesquisa de Mainá, além de um mergulho interior, dialoga com experiências coletivas de memória, identidade e pertencimento, transformando o palco em um espaço de resgate e reinvenção. Para chegar à Mostra como está hoje, o projeto Dinha passou por algumas etapas, organizadas em quatro grandes momentos: São eles: pesquisa orientada (acompanhamento pela artista circense e pesquisadora argentina Sofia Galliano); intercâmbio artístico (Participação na oficina “Laboratório Cênico para Artistas de Circo”, também oferecida por Sofia Galliano, promovendo uma grande troca entre artistas do cenário circense pernambucano).
E ainda: acompanhamento e direção (Anamaria Sobral, diretora de teatro e madrasta de Mainá, voluntariamente, abraçou o projeto, dando contribuições essenciais para o desenvolvimento da pesquisa e da direção); apresentação work in progress (mostra do processo em andamento, com abertura de cenas de artistas locais selecionados a partir de convocatória). Com a iniciativa de apresentar ao público um trabalho em processo de construção, Mainá oferece aos presentes – artistas e público geral – uma oportunidade rara de apreciar e compreender os bastidores do fazer artístico. A Mostra Dinha promete emocionar com a força das memórias, da ancestralidade e da transformação através da arte.
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Serviço
A Mostra Dinha – espetáculo working in progress
Data: 03 de abril de 2024
Horário: 19h
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Entrada: Gratuita (sujeita à lotação) – ingressos disponíveis na bilheteria uma hora antes da apresentação
Acessibilidade em Libras
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Tahis Lima / Divulgação
O circo sempre fascina e conhecer os bastidores dessa arte,todo o processo criativo e o resgate das memórias e da ancestralidade, é uma experiência inovadora .