O Brasil deixou de ser uma monarquia no século 19, mas até hoje cultiva a mania de ter rei. Tem rei do brega, do baião, do rock, do maracatu. E, é claro, que o carnaval também tem seu rei e sua rainha. E os soberanos da maior festa popular do Recife começam a ser escolhidos nessa sexta (19), no Teatro Luiz Mendonça, que fica no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Será a primeira eliminatória do certame, para o qual estão inscritos 45 mulheres e 15 homens. O evento é gratuito, aberto ao público e deve começar por volta das sete da noite.
Antes da apresentação dos candidatos, o Maestro Ademir Araújo e a Orquestra Popular do Recife fazem apresentação, com muito frevo. Nessa primeira eliminatória, 15 pessoas serão escolhidas para disputar o título. Os candidatos têm que saber o passo (coreografia do frevo), e deverão fazer evoluções diante da comissão julgadora. A coroa só será decidida a 26 de janeiro, às oito da noite, no Pátio de São Pedro, que já está em clima de carnaval desde o início de janeiro. O concurso para escolher o Rei Momo e a Rainha do Carnaval é uma tradição que se mantém desde meados do século passado.
Os vencedores ganharão – cada qual – prêmios de R$ 20 mil. Em compensação, assumem o compromisso de reinar durante os quatro dias de festa, cumprindo extensa programação. Os critérios que definem a coroação das majestades passa por pré-requisitos como desenvoltura, atitude, postura, simpatia e elegância em palco, além de apresentação, criatividade e empolgação e conhecimentos da cultura carnavalesca. Na bancada do júri, estarão pessoas da sociedade civil ligadas ao segmento cultural como carnavalescos, arte-educadores, coreógrafos, bailarinos, atores e diretores.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ PCR
