Do fundo do poço ao retorno à família

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Uma vez no crack, sempre no crack. Há quem pense que não há saída, para quem se vicia nas pedra. Mas Hermano Augusto Oliveira (43) é a prova do contrário.  Ele entrou no mundo das drogas pelo álcool, passou para a maconha e, aos 25, mergulhou no abismo do crack. Quando se viu no fundo do poço, decidiu procurar uma comunidade terapêutica. Foi na Casa de Recuperação Cristo Liberta que ele se reencontrou. E imprimiu um outro rumo à sua vida.

No ano passado, ele me confessou: “Passei 15 anos no vício. O pai terminou me abandonando. A mãe morreu de desgosto e até minha companheira se afastou. Perdi tudo na vida”. Para Hermano, o crack “é a pior de todas as drogas, porque a gente sempre quer mais’. Hoje ele se diz “limpo” e inclusive ajuda outros drogados. Na comunidade terapêutica, ele venceu a droga. Livre da dependência, reencontrou a antiga companheira. Em maio do ano passado, os dois se casaram oficialmente, com pompa e festa, promovidas pela Casa de Recuperação Cristo Liberta. “Foi lá que dei o primeiro passo para me libertar”.

Recuperado, sempre que pode, Hermano visita os antigos companheiros da Casa de Recuperação Cristo Liberta.
Recuperado, sempre que pode, Hermano visita os antigos companheiros da Casa de Recuperação Cristo Liberta.

Hermano essa semana visitou seu antigo abrigo. Está feliz, longe das drogas. Segundo as assistentes sociais que atuam na Casa de Recuperação Cristo Liberta, os pacientes lá atendidos e reintegrados ao convívio familiar são aconselhados a mudar de endereço e até mesmo de bairro. Contam que quando permanecem em más companhias de antes, a recaída não é difícil. Fundador daquela comunidade terapêutica, o Prefeito eleito de Olinda, Professor Lupércio,  afirma que boa parte da clientela “é aconselhada por parentes a passar por tratamento”. Outras o fazem espontaneamente. “Elas me procuram ou vão ao encontro de alguém de nossa equipe e manifestam o desejo de se recuperar”, afirma o ainda deputado estadual.

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