Nesta quarta, 8 de outubro, é comemorado o Dia do Nordestino. A data homenageia Patativa do Assaré, poeta popular cearense, que morreu em 2002, aos 93 anos. Aproveitando o mote, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco se veste de identidade e pertencimento. Dos debates literários às performances musicais, o dia é dedicado à celebração das identidades regionais, no evento que acontece no Centro de Centro de Convenções. de Pernambuco.
Destaque para o Círculo de Ideias, que se abre para reflexões sobre a cultura nordestina e o mercado editorial no início da tarde. Entre os temas que movimentam o Espaço a partir das 14h estão: “Tour das Bienais por Aldeia de Livros: Nordeste em Foco” com Alexandre Almeida, Ítalo Damasceno e Deco Lipe, e mediação de Larissa Viana. Na sequência, o professor Filipe Fernandes apresenta o curioso “Projeto Atlas do Livro de Pernambuco”, que busca mapear a produção literária do Estado rumo à marca de 200 mil obras visíveis.

Encerrando o dia, o debate “Raízes do terror latino-americano”, assunto que desperta muito interesse em todo canto, mas pelo qual os pernambucanos têm um especial. É que todos se ligam em histórias de terror e assombrações. Falou em alma e fantasmas, todo mundo corre atrás. O encontro provoca reflexão sobre como o medo e o imaginário fantástico ainda moldam a literatura do continente, com Lucas Santana, Victor Valeffort, Brenda Evelyn e Apolo Andrade, sob mediação de Lucas Barros. À noite, o bate-papo “Recife Assombrado: diálogos entre o Cinema e a Escrita”, com Adriano Portela, Roberto Beltrão e Tenório, une literatura e audiovisual. Os três são experts no assunto.
Lembrete, também, para a cultura regional no espaço Café Cordel, onde o foco é a arte popular e a produção independente, com lançamentos de quadrinhos e literatura de cordel, esta que foi reconhecida em setembro de 2018 como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre os destaques estão Quadrinhos & Educação – volume 9, de Amaro Braga e Thiago Modenesi, e a HQ Vermelho como a Neve, de Felipe Moura e Fê Soares. O poeta Evaristo Geraldo apresenta o cordel O Touro Endiabrado do Sertão de Alto Santo, seguido da performance “Samba sobre os Escombros”, de Philippe Wollney. Também no Café Cordel, a partir das 17h, o jornalista Anselmo Alves, autor de Sertão das Grandes Imensidões, lidera uma roda de conversa com os sanfoneiros Severino dos 8 Baixos e Diviol Lira de 120 Baixos, além de Alan Sales, que recitará poesias.

Leia também
Livro com registro inédito sobre nossos historiadores é lançado na Bienal 2025
Serviço
15o Bienal Internacional do Livro de Pernambuco
Tema: Ler é sentir cada palavra
Data: 3 a 12 de outubro de 2025
Local: Pernambuco Centro de Convenções – Olinda
Ingresso: R$ 30 e R$ 15 (meia)
Horários de funcionamento
Sábado e domingo: 10h às 21h
Segunda a sexta: 9h às 21h
Destaques dessa quarta-feira, Dia do Nordestino
Círculo de Ideias
14h – 14h45 – Tour das Bienais por Aldeia de livros: Nordeste em Foco com Alexandre Almeida, Ítalo Damasceno e Deco Lipe. Mediação: Larissa Viana
15h – 16h – Projeto: Atlas do Livro de Pernambuco, no rumo aos 200 mil livros visíveis com o Prof. Filipe Fernandes
17h – 18h – Raízes do terror latino-americano; como nossos medos ainda precisam ser explorados na literatura com Lucas Santana, Victor Valeffort, Brenda Evelyn e Apolo Andrade. Mediação: Lucas Barros
19h – 20h – Recife Assombrado: diálogos entre o Cinema e a Escrita com Adriano Portela, Roberto Beltrão e e Tenório
Café Cordel
CAFÉ CORDEL
15h – 15h45 – Lançamento do livro Quadrinhos & Educação – volume 9 com os rofessores Amaro Braga e Thiago Modenesi
16h – 16h45 – Lançamento da HQ Vermelho como a Neve com Felipe Moura e Fê Soares
17h – O jornalista Anselmo Alves, autor de Sertão das Grandes Imensidões, lidera uma roda de conversa com os sanfoneiros Severino dos 8 Baixos e Diviol Lira de 120 Baixos, além de Alan Sales, que recitará poesias.
17h45 – Lançamento do cordel O Touro endiabrado do sertão de Alto Santo com o poeta Evaristo Geraldo
Segunda a sexta: 9h às 21h
Acesse a programação: https://bienalpernambuco.com/programacao-por-dia/
Acompanhe novidades no Instagram: @bienalpe
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Acervo #OxeRecife

AVOANTE
Accioly Neto
Quando o riacho vira caminho de pedra
E avoante vai embora procurar verde no chão
A terra seca fica só e num silêncio
Que mal comparando eu penso: tá igual meu coração
Que nem a chuva, você veio na invernada
Perfumando a minha casa e alegrando meu viver
Mas quando o sol bebeu açude inté secar
Quem poderia imaginar que levaria inté você
Só resisti porque nasci num pé-de-serra
E quem vem da minha terra resistência é profissão
Que Nordestino é madeira de dar em doido
Que a vida enverga e não consegue quebrar não
Sobrevivi e tô aqui contando a estória
Com aquela mesma viola que te fez apaixonar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar (2x)
Ê ê ê boi……
Ê, ê ê saudade… (3X)
Só resisti porque nasci num pé-de-serra
E quem vem da minha terra resistência é profissão
Que o Nordestino é madeira de dar em doido
Que a vida enverga e não consegue quebrar não
Sobrevivi e tô aqui contando a estória
Com aquela mesma viola que te fez apaixonar
Tua saudade deu um mote delicado
Que ajuda a juntar o gado toda vez que eu aboiar (2x)
Ê ê ê boi……
Ê, ê ê saudade… (Bis)