No Dia Nacional do Escritor – comemorado a 25 de julho – que tal ler um livrinho? Para mim, livro é como alimento. Enquanto a comida abastece o corpo, a leitura alimenta a alma, não é não? No momento, por exemplo, estou lendo um clássico (Os Trabalhadores do Mar, Victor Hugo) e um nem tão clássico, mas muito divertido (Os detetives selvagens, Roberto Bolaño). Tenho essa mania de ler dois, três, até quatro livros de uma vez. No pior momento do isolamento social decretado pela crise sanitária, foram meus grandes companheiros.
E se você, gosta de ler? Quem não gosta… O problema é que às vezes se esgota a leitura do que se tem em casa, e nem sempre há dinheiro para comprar novos títulos, não é? Então, que tal apelar para a troca? É o que propõe a ação Trocando o Saber, em execução no Plaza Shopping, em Casa Forte, Zona Norte do Recife. A iniciativa estimula a troca de livros usados como forma de disseminar conhecimentos e estímulo à leitura. Até 30 de julho, uma estante localizada no piso L4 (próximo à C&A) funciona como ponto de troca de livros, no mesmo no horário de funcionamento do centro de compras.. A estante está em ambiente criado para facilitar a leitura, com poltronas à disposição do público. Qualquer pessoa poderá escolher um livro da estante, sentar e ler ou levar a obra para casa. Mas, nesse caso, precisa retribuir retribua doando uma publicação para a estante.

A ação conta com parceria da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), que doou vários livros. Entre eles: Sol das Almas (Hermilo Borba Filho), Jutaí Menino (Gilvan Lemos), Realidade Inominada: Ensaios e Aproximações (Lourival Holanda), A Dakimakura Flutuante (Camillo José), Espaço Terrestre (Gilvan Lemos), Teatro de Joaquim Cardozo (Joaquim Cardozo), Jogo de Cena (Andréa Nunes) e O Cajueiro Nordestino (Mauro Mota). Foram disponibilizados outros títulos da literatura brasileira infantil e adulto, além de livros de temas variados como administração de empresas, filosofia, saúde, ensaios, entre outros.
“Possibilitar contato com os livros faz com que a pessoa acesse a conteúdos e realidades distintas, permite conhecimento, lazer e criatividade, entre outros. Quem lê consegue melhorar o vocabulário e o repertório pessoal”, comenta a coordenadora de Responsabilidade Socioambiental do Plaza, Jakeline Soares. A data 25 de julho foi escolhida para ser comemorado o Dia Nacional do Escritor, pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, como forma de homenagear escritoras e escritores brasileiros. A escolha dessa data deve-se à realização do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), que aconteceu em 25 de julho de 1960. Na segunda, vou levar uns livrinhos para trocar. Inclusive de um autor brasileiro que eu adoro – Itamar Vieira Júnior – já que estou com alguns títulos em duplicatas. Já os tinha, e ganhei os mesmos livros de presente. Em outro caso, não levaria para trocar. Os livros de Itamar são muito bons. Inclusive para se guardar! E voltar a ler, daqui a uns tempos…
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação / Plaza Shopping