Cultura negra e fêmea no Pátio

Compartilhe nas redes sociais…

O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado a 25 de julho, não passa em branco no Recife, onde haverá uma série de atividades voltadas para o empoderamento da mulher negra. E elas já começam a partir dessa terça-feira (24), com feiras de serviços, fóruns de debates, rodas de diálogos, oficinas e apresentações artísticas. As ações se estendem até o próximo sábado.

O evento de abertura ocorre no Pátio de São Pedro, local escolhido para a Feira da Ancestralidade e Resistência que será realizada durante todo o dia 24, das 8h30 às 23h. Na programação, constam oficinas de gastronomia afro e poesia, rodas de diálogo sobre arte e novas plataformas de difusão do feminismo negro, além das apresentações artísticas. Para as mães que precisam levar seus filhos, a Secretaria da Mulher do Recife oferece atividade voltada para o público infantil, com contação de histórias do continente africano.

No Pátio de São Pedro, também será realizada uma feira de serviços com representantes das secretarias municipais, barraquinhas de gastronomia e moda afro. Toda a ação é gratuita a aberta ao público.  Naquele local, a programação começa com alvorada de abertura, cantada por Sue Ramos. Em seguida, das 9h às 12h, Jorge Arruda e Cinthia Fabiana comandam uma oficina de gastronomia afro. Serão disponibilizadas 35 vagas para mulheres, com inscrição gratuita e no local. À tarde, às 14h30, é a vez da poetisa Odailta Alves ministrar uma oficina de poesia sobre ancestralidade. Logo após, ocorre a mesa Essa ciranda é de todas nós – Arte e ancestralidade da mulher negra latinoamericana e caribenha, com as artistas Lia de Itamaracá e Janaína Gomes e mediação da jornalista Karol Pacheco.

O debate gira em torno da participação das mulheres negras na construção da cena artística no Recife, implicações e legados. Paralelo à mesa, Joaninha Dias conta histórias oriundas do continente africano para as crianças. A contação começa às 16h e segue até às 18h. Após o debate sobre arte e ancestralidade, é a vez da mesa ReExistência – a quem será que se destina? Novas plataformas de difusão do feminismo negro com as youtubers Tia Má (de Salvador) e Uana Mahin (Recife), a partir das 17h. A mediação é da jornalista de Lenne Ferreira. Poetisas  do Boca do Trombone e do Slam das Minas disparam suas rimas das 18h às 19h. A programação fecha com as apresentações musicais de Isaar, Lia de Camaragibe, 808 Crew, Flor de Mulungu e Rayssa Dias. O início dos shows está previsto para 19h. A performance da artista Aurora Boreal vem antes da apresentação de Isaar. Nos intervalos, é a Dj Mayara Cajueiro quem comanda o som e a MC Negrita é a mestra de cerimônias do evento. A curadoria artística é do coletivo de mulheres negras Aqualtune Produções.

Leia também:
De Yaá a Penélope africana
A única mestra do maracatu
Poesia oral tem nova cara

Festa no Pátio para a Mãe África 
Festa para São João e Xangô
Católica bota Xangô na ordem do dia

Qual foi mal que lhe fez Yemanjá?
Michele Colins entre a mobilização dos terreiros e o Ministério Público
Cultura negra valorizada na escola
Ervas sagradas ganham sementeira

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto:  Daniel Tavares/ Divulgação/ PCR/ Arquivo #OxeRecife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.