No Dia da Árvore, a homenagem do #OxeRecife vai para a “Vovó”, como é conhecida a gigantesca sumaúma que transformou-se na principal atração da Floresta Nacional do Tapajós (a Flona), uma das unidades de conservação mais visitadas do Norte do Brasil, que se espalha por 527.319 hectares e quatro municípios do Pará (Aveiro, Belterra, Placas e Rurópolis).
Na Flona, todos os caminhos levam à “Vovó”, normalmente o ponto final das trilhas ali realizadas, cujos percursos variam de 10 a 18 quilômetros em meio ao silêncio da natureza, aos cantos dos pássaros e aos muitos aromas do verde. A “Vovó” é tão gigantesca que a gente desaparece aos seus pés. Uma divindade. Para mim, uma rainha. Mas as rainhas são muitas no meio da maior floresta tropical do mundo. E é por isso que a Brigada de Amigos Defensores da Ecologia e dos Recursos Naturais da Amazônia (Baderna), faz uma festa hoje em Santarém, em “homenagem à nossa rainha,a árvore”, como ressalta o coordenador da Baderna, professor Pedro Paulo Siqueira Ferreira.
A Baderna, como já relatei aqui, tem um belo trabalho em defesa da Amazônia: quer plantar 1 milhão de árvores naquele pulmão do mundo, tão agredido, tão devastado e, ultimamente, sofrendo a ação de criminosas queimadas. “Vamos reconstituir o que foi destruído e recompor as condições naturais para a produção da qualidade ambiental que necessitamos, para manter o ciclo natural da água, a biodiversidade e combater o aquecimento global e as mudanças climáticas”, diz o ambientalista. Ou seja, plantar é preciso. Sem nossas “rainhas”, como fica a sustentabilidade ambiental?
No Recife, o dia será comemorado no Econúcleo Jaqueira e no Jardim Botânico. No primeiro, entre as atividades do final de semana haverá a Caminhada Ecológica Escutando o Pulmão do Mundo, em duas sessões: às 9h30m e às 14h. Já no Jardim Botânico, no Bairro do Curado, às 10h tem a gincana Descobrindo as Árvores do Jardim, na qual os participantes receberão a missão de achar espécies do JBR. Em Orobó, no Agreste de Pernambuco, a Reserva Florestal Fazenda Verde – que é particular – abre as portas para que crianças da rede municipal de ensino façam trilhas e aprofundem os contatos com a natureza.
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife