“Detox digital”: Ocupação Floresta, para que pequenos esqueçam eletrônicos

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Floresta é floresta. Quintal é quintal. Mas em uma cidade cada dia mais verticalizada, transformada em uma verdadeira selva de concreto – como é o caso do Recife – um quintal com árvores e outras plantas, pode parecer uma “floresta”. E é justamente em um quintal de um  casarão construído na década de 30 do século passado (quase uma “ilha” no meio de tantos prédios) que ocorre a partir desse mês a Oficina Ocupação Floresta, destinada a crianças de sete a onze anos.

A Oficina será na  Galeria Maumau, que funciona no imóvel, localizado na Rua Nicarágua, no outrora bucólico bairro do Espinheiro. O objetivo dos organizadores da Oficina é promover um “detox digital”, para que a meninada desligue das  telas dos tablets e telefones celulares (que viraram coqueluche desde o final do século passado), para que   façam uma imersão na natureza. A Ocupação Floresta, mistura arte contemporânea com agroecologia. A garotada vai usar a casa inteira – ateliê, horta, quintal – para criar e interagir.

Confinadas em apartamentos e cada vez mais ligadas nas telas dos eletrônicos, crianças curtem natureza

A idealizadora da Oficina, Irma Brown, cita três motivos para adesão da garotada. São eles:  Tema super atual: Oferece uma resposta prática e local para o desafio de entreter as crianças longe do mundo virtual; rende muito visualmente: O espaço da galeria é interessante e as atividades são cheias de ação,  perfeito para fotos e vídeos; personagem interessante, pois a idealizadora, Irma Brown, é multiartista e tem boa justificativa sobre a importância desse contato com a arte e a natureza.

Os encontros serão semanais e terminarão em uma exposição coletiva no dia 16 de dezembro, são idealizados e conduzidos pela própria arte-educadora.. Segundo ela, a proposta é integrar o fazer artístico ao cotidiano e à ecologia. “Queremos que as crianças percebam a arte para além da tela, presente na terra da horta, na composteira, na cozinha. A ideia é investigar o lugar onde habitamos e, a partir daí, criar mundos possíveis usando linguagens como performance, vídeo e desenho”, explica Irma.

Um dos pilares do projeto é a promoção do diálogo direto entre as crianças e artistas contemporâneos locais. Por meio de vídeo chamadas, cartas, visitas a ateliês e até mesmo recebendo os artistas na “Floresta” da Maumau, as crianças vivenciarão a diversidade de expressões artísticas. A iniciativa busca não apenas apresentar técnicas, mas, sobretudo, revelar o que move cada artista em seus processos criativos. Irma Brown é mãe, multiartista, articuladora e p rodutora cultural com formação em arte-educação (UFPE) e mestrado em artes visuais (UDESC). Desde 2009, dedica-se à Galeria Maumau como seu principal projeto de pesquisa sobre corpo e coletividade. Na cidade, há experiências semelhantes, algumas já enfocadas aqui no #OxeRecife.

Galeria Maumau diversifica atividades e leva crianças a um contato maior com a natureza

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Serviço
O quê: Oficina “Ocupação Floresta” @maumaugaleria
Para quem: Crianças de 7 a 11 ano
Quando: Todas as terças-feiras, das 15h às 17h (de agosto a 16 de dezembro)
Onde: Galeria Maumau (Rua Nicarágua, 173 – Espinheiro, Recife)
Investimento: 5x R$ 175 (20% de desconto para mães artistas e duas bolsas integrais para pessoas de baixa renda)
Inscrições: https://forms.gle/a8Y9hXDELUxtV9rS9

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Fotos: Irma Brown / Maumau

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