Decreto impõe normas para disciplinar turismo no Litoral Sul de Pernambuco

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Sábado, dia de falar em coisa boa: o mar. Muita gente buscando as praias do Litoral Sul. Em algumas delas, no entanto, a bagunça estava grande. Excesso de turistas, pesca predatória, superlotação de embarcações, esportes náuticos para todos os lados. Mas não pode ser assim, principalmente em municípios como Tamandaré, Sirinhaém e Rio Formoso, que abrigam três unidades de conservação: APA de Guadalupe, Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré e de uma pequena porção da APA Costa dos Corais. Turismo sim, mas com sustentabilidade.  E é bom que se saiba: Já está valendo o decreto de Zoneamento Ambiental e Territorial das Atividades Náuticas (Zatan) para a região do estuário do Rio Formoso.

O objetivo do Zatan é criar condições para a promoção do desenvolvimento econômico, fortalecendo o turismo sustentável e a conservação da biodiversidade. O documento prevê ordenamento do uso dos ambientes costeiro e marinho, somando uma área de 58,3 km² de terra, mar e estuário, sendo a maior porção de água. O decreto institui uma série de medidas como a definição de espaços para o lazer de banhistas, mergulho, aluguel de brinquedos náuticos, banhos de argila, número máximo de pessoas e de passeios por embarcações, atividade de pesca, pesquisa.

Unidades de conservação como a Apa de Guadalupe contam com decreto (Zatan) para  disciplinar o turismo no Litoral .

Também há  outras limitações impostas, a exemplo de ponto fixo de comércio na faixa de praia, construção e ampliação de marina, clube náutico e garagem náutica; realização de eventos náuticos e tráfego de embarcações motorizadas a depender de local específico. “O Zatan representa um grande avanço nas políticas ambientais e de desenvolvimento sustentável do Estado. Ele alia o estímulo ao crescimento socioeconômico com a conservação do meio ambiente, respeitando as potencialidades e fragilidades dos recursos naturais existentes”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti.

Ele adianta que já há recursos certos para implementar a sinalização na área. O zoneamento atende a uma demanda da população e é fruto de estudo elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e pela Agência Estadual do Meio Ambiente, Cprh, com apoio do Projeto Terramar e de atores locais. Ainda no Litoral Sul, está bom da Semas-PE e Cprh pensarem em um Zatan para  Porto de Galinhas, onde os recifes de corais vivem sob pressão e pisoteio do excesso de turistas. No Litoral Norte, quem precisa de socorro é a Ilha de Itamaracá, cujas praias estão se transformando em um lixão. A ilha que já foi considerada um  paraíso está cada dia pior.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Lu Rocha / Divulgação / Semas-PE

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