Crime ambiental em Maracaípe. Prefeitura de Ipojuca é acusada

Compartilhe nas redes sociais…

Realmente, falta mesmo muito amor à natureza. No plano federal, o que se vê – todos os dias – é o descuido com o desmatamento cada vez maior na Amazônia.  Já a Mata Atlântica, patrimônio do Brasil, é um dos biomas mais ameaçados do mundo. No Recife, o que a gente vê são árvores degoladas em toda parte. No perímetro urbano mesmo, verdadeiro arboricídio. Em Paulista, o #OxeRecife já chamou a atenção para as “matas de cimento” cada vez maiores.

Na Região Metropolitana, portanto, não é incomum observar-se crimes contra o meio ambiente praticados por gestores, como ocorreu de Camaragibe, em 2018, quando o então prefeito destruiu uma área protegida e ainda teve o desplante de sugerir um “acordo” aos órgãos ambientais. Isso quando a degola já tinha sido praticada.

O caso mais recente aconteceu hoje, na praia de Maracaípe, paraíso dos surfistas, e que  fica ali na região de Porto de Galinhas, Litoral Sul. Maracaípe fica no município de Ipojuca, a 57 quilômetros do Recife. Equipe técnica da Agência Estadual de Meio Ambiente (Cprh) embargou hoje uma obra que vinha sendo construída em área de restinga. Moral da história: De acordo com a Cprh, a obra vinha sendo construída pela própria Prefeitura de Ipojuca, a quem caberia zelar pelo meio ambiente do município.

Segundo a Cprh, houve supressão da vegetação, o que configura crime ambiental para implantação de uma quadra esportiva. A Prefeitura foi multada em R$ 5 mil e terá que apresentar, em 60 dias, o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas. Sinceramente, pode, um negócio deste?

Leia também:
As matas de cimento de paulista
Matas estão sumindo em Paulista
Mais matas devastadas em Paulista
Devastação gera embargos em Paulista
Prefeito destrói área protegida e pede acordo
Prefeito destroi área protegida. Pode?
Que absurdo contra a natureza
“Já me falta ar para falar de florestas”
Conhecendo a Mata Atlântica 
O ar refrigerado da Mata sob o sol 
O estrago do bambu na Mata Atlântica
Loteamento em mata protegida
Reforço para proteção de matas
Não deixe a Mata Atlântica se acabar
Matas devastadas em Paulista
As “matas” de cimento de Paulista

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cprh / Divulgação

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.