Há cinco meses sem negociar – e com muitos até passando necessidade – os comerciantes que trabalham na faixa de areia nas praias vão contar com empréstimos de R$ 5 mil. Ou seja, R$ 2 mil a mais do que o anunciado anteriormente pelo governo de Pernambuco. O dinheiro servirá como capital de giro para que possam repor suas mercadorias. A iniciativa é da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) que tem socorrido outras profissões que foram duramente atingidas pela pandemia
Entre estas, encontram-se os casos de pessoas que trabalham nos setores de odontologia, transporte escolar, salões de estética ou de beleza, guias de turismo,donos de quiosques da orla e trabalhadores dos polos de confecções. No caso dos vendedores de praia (sejam fixos ou ambulantes), eles só têm acesso aos R$ 5 mil, no entanto, se forem cadastrados como MEIs (microempreendedores individuais). A taxa de juros é de dois por cento ao mês. Tanto para conseguir R$ 3 mil quanto R$ 5 mil, é necessário estar cadastrado na Prefeitura do Recife ou de Jaboatão dos Guararapes, já que por enquanto, a iniciativa se restringe às duas cidades.

Dúvidas sobre o crédito podem ser esclarecidas pelo Disque AGE, no telefone 08000818081, de segunda a sexta-feira. O primeiro passo é fazer o pré-cadastro pelo site www.age.pe.gov.br, clicando no banner Crédito Popular. Em seguida, um agente de negócios entrará em contato com o empreendedor, agendando uma visita técnica ao seu estabelecimento ou residência. Novas linhas de crédito foram Por conta da pandemia, a AGE ampliou seu papel social, criando novas linhas de crédito para auxiliar diferentes segmentos econômicos na retomada das atividades após a pandemia. O banco de fomento estadual alcançou, em julho, a marca de R$ 13,5 milhões que foram injetados na economia local, por meio de sua carteira de microcrédito, com mais de 6 mil empreendedores beneficiados. O principal programa da AGE é o Crédito Popular, que já distribuiu R$ 3.747.749,01 só Região Metropolitana do Recife. Mas também foram liberados valores para a Zona da Mata, Agreste e até no Sertão.
Enquanto o Estado libera crédito para os ambulantes da orla, a Prefeitura do Recife não se pronunciou sobre o retorno desse tipo de atividade às praias do Pina e de Boa Viagem. Com a proibição das atividades comerciais na orla devido à pandemia, as areias das praias da Zona Sul nunca estiveram tão limpas. Dá gosto de se ver. Não custava nada secretarias do Recife – como a de Mobilização e Controle Urbano (Semoc), Meio Ambiente e a Emlurb – ter aproveitado esse intervalo compulsório, para fazer capacitações com a turma da praia, para conscientizar os ambulante da importância de manter a beira-mar limpa, capacitando-os para que funcionem como agentes ambientais, orientando inclusive os banhistas que têm mania de jogar sujeira na areia.
E também adverti-los de notificações, multa e até suspensão do negócio, caso não cumpram as regras como o correto descarte de detritos na praia . Embora haja ambulantes que zelam pela limpeza, há outros que emporcalham tudo, como se observa na foto, captada na praia, próximo à esquina da Avenida com a Ribeiro de Brito. Mas pelo que se percebe, vai ficar tudo do mesmo jeito: espinha de peixe jogada no chão, espetinhos de churrasco, copos e talheres de plástico. Perguntei à Semoc sobre algum tipo de capacitação nesse sentido. Mas até 18h da secta, não havia resposta.
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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife