Como se não bastasse a epidemia que assola a humanidade – e também Pernambuco – o Estado ainda sofre com estragos ao meio ambiente, provocados por gente sem consciência. Só nesta semana, chegaram ao #OxeRecife três denúncias de crimes contra a natureza: madeira ilegal, danos a recifes de corais e, a mais recente, despejo de materiais poluentes no Litoral Sul. Dessa vez no manguezal de Suape, no município de Ipojuca, a 57 quilômetros do Recife.
Como vocês sabem, é em Ipojuca que fica um dos principais empreendimentos econômicos do Estado, o Complexo Industrial Portuário de Suape. E também é ali que está um dos principais destinos turísticos do País, a praia de Porto de Galinhas, atualmente interditada como meio de evitar disseminação do novo coronavírus. Neste final de semana, uma equipe da Agência Estadual do Meio Ambiente (foto acima) esteve em Suape, para apurar denúncia de que o manguezal está muito escuro e exalando odor insuportável. O problema maior fica na tradicional comunidade Quilombola Ilha de Mercês. “Recebemos a denúncia na quinta-feira à noite (16). Nós fomos até o local e constatamos que a coloração da água estava um pouco alterada, diz Eduardo Elvino,Diretor de Controle de Fontes Poluidoras da Cprh,que esteve no local na última sexta-feira.
“Coletamos amostras da água para análises laboratoriais e, a partir dos resultados das análises e as características do efluente, a Cprh poderá encontrar os responsáveis pela infração ambiental cometida”, explicou. As amostras da água foram encaminhadas ao laboratório da Cprh. E o resultado ficará pronto em oito dias. Em 2019, todo o Litoral do Nordeste foi atingido pelo maior desastre ambiental da história da região, com derramamento de óleo que atingiu praticamente todas as praias de Pernambuco, sendo as do Litoral Sul as mais prejudicadas. O autor do derramamento criminoso até hoje não foi identificado pelo governo federal. E a região de Suape ainda nem tinha se recuperado totalmente da agressão ambiental do ano passado, e já sofre uma outra que coloca em risco a pesca artesanal na localidade.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação
