Depois dos jacarés da semana passada, cobras e lagartos. Uma jiboia de 2,51 metros foi encontrada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, no final de semana. E uma iguana foi resgatada em Timbaúba, a 98 quilômetros da Capital. Os dois foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (Cprh). De janeiro a julho deste ano, o Cetas já recebeu 6.073 animais de espécies diversas.
E há uma notícia boa. Destes 6.073, nada menos de 4.308 foram devolvidos à natureza. E já voltaram a enriquecer a fauna de nossas matas. Os animais acolhidos são aves, em sua maior parte. Até porque pássaros – papagaio, arara, curió, sabiá entre outros – são muito visados pelo tráfico. Alguns bichos, no entanto, aparecem desgarrados ou desprotegidos, como as lentas preguiças. E outros, bem selvagens, invadem espaços urbanos, como é o caso dos jacarés.

Há animais que aparecem feridos, como gaviões, carcarás, capivaras. Muitas vezes, em decorrência da maldade humana. A cobra encontrada em Camaragibe, por exemplo, tinha um ferimento lateral. Ela foi achada em área de resquício da Mata Atlântica. Em 2017, dos 6.073 animais recebidos pelo Cetas, 5.237 foram aves. O Cetas também recebeu répteis (478), mamíferos (336), animais exóticos (que não fazem parte da fauna brasileira, 37) e 5 aracnídeos.
Dos 4.308 devolvidos à natureza, no mesmo período, 3.811 foram aves (praticamente mantendo a proporção), 326 répteis, 167 mamíferos e 4 aracnídeos. O Cetas também já repatriou animais para outros Estados, a exemplo das araras e tucanos encaminhados ao Centro de Triagem do Amapá, do Ibama, em julho. Assim como recebeu animais repatriados de outros estados, como São Paulo e Ceará.
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Cprh