Correntes plásticas para evitar furtos

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Se você tem uma grade de ferro, portão, ou corrente no jardim, é bom tomar cuidado. Estão levando tudo. Pelo menos, é o que está acontecendo na Avenida Dezessete de Agosto, que corta vários bairros da Zona Norte do Recife.  Cansados com o uso indevido de seus estacionamentos, proprietários de imóveis de uso comercial necessitam do uso de correntes para garantir vagas para seus clientes, já que muitos motoristas não se tocam para os limites entre o público e o privado.

– Infelizmente a gente necessita da corrente, porque há momentos que, com a ocupação indevida, nossos alunos ficam impedidos sem espaço para estacionar, na área reservada para eles, afirma a proprietária do curso English by Joyce Von Söhsten. Em novembro passado, ela teve a corrente de ferro do estacionamento roubada com cadeado e tudo. Comprou outra corrente, dessa vez mais pesada. Gastou R$ 500, sem falar nos cadeados. Pois no final de semana, os maloqueiros passaram lá e levaram tudo. Deve ser para vender no ferro velho, já que o material não é barato.

Tanto na Praça Fleming (acima) quanto na de Casa Forte, quiosques da PM viraram "enfeites", segundo a população local.
TNa de Casa Forte, quiosques da PM viraram “enfeites”, segundo a população local, pois estão desocupados desde 2016.

– Resolvi comprar uma corrente de plástico, porque não tem valor de mercado, e acredito que agora não vão roubar, diz Joyce, que está repetindo a mesma tática usada por comerciantes e condomínios comerciais da Avenida. “Na verdade, a corrente é só para que respeitem o estacionamento dos alunos do curso, então tanto faz de plástico quanto de ferro”, diz Joyce, que investiu R$ 70 em corrente com esse material. “Esse curso funciona aqui há 50 anos e esses furtos começaram recentemente”, conta ela. A nova corrente, vermelha, tem 20 metros. E ela espera que não levem. Pelo menos, não serve para vender em ferro velho.

Haja falta de segurança. E na Zona Norte é só o que se fala. Zelador que trabalha em condomínio da Praça de Casa Forte informa que a insegurança está grande  no local, onde antes havia sempre policiais de plantão em quiosque da Polícia Militar, próximo à parada do ônibus. Pois PM que é bom ali… nada. Desde o ano passado não tem mais. “Há duas semanas, só na manhã do sábado presenciei três assaltos, nas proximidades da Igreja e geralmente são dois caras em uma moto e um terceiro em uma outra, dando cobertura”, diz o trabalhador, que pediu para não ser identificado, por questão de segurança. Moradores de Sítio dos Pintos, também na Zona Norte, queixam-se de excesso de assaltos e até de tiroteios.

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins e Alexandre Albuquerque (cortesia)

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