“Cor da Flora”: pigmentação e estamparia em tecidos com produtos naturais

Que tal aprender a tingir ou estampar tecidos usando  produtos naturais? No caso, flores, folhas, sementes e até cochonilha? Pois virou tema de curso, o uso de casca de cebola ou de romã, açafrão, urucum, folha de goiabeira, raspas de troncos de pau-brasil e do inseto parasita acima citado, que é  largamente usado como corante em vários países, como México, Peru, Bolívia e Chile. É que entre setembro e outubro ocorre o Projeto “Cor da Flora”, destinado a estudantes, coletivos culturais e marcas autorais que atuam no segmento da moda no Recife.

Os primeiros encontros práticos ocorrem no sábado e domingo (14 e 15/9), no Museu da Abolição, conhecido como Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, e que fica na Rua Benfica, nº 1150, bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.   Os participantes vão poder aprender  como dar cores e identidades às vestimentas, de forma acessível e com baixo custo. Ao longo de sete aulas, divididas entre atividades virtuais e presenciais, eles vão  aprender sobre técnicas antigas de tingimento natural, enraizadas em culturas indígenas e afro-brasileiras aplicadas à moda sustentável. O curso conta com uma carga horária de 30 horas-aulas.

A ideia é que, ao final da formação, seja realizada uma exposição com o resultado dos trabalhos produzidos ao longo do curso, para apresentação do público em geral.  Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal operacionalizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal  da Cultura, o projeto “Cor de Flora” vai proporcionar, ainda, uma mentoria virtual para marcas de moda autoral recifenses que tenham interesse em desenvolver a técnica de tingimento e estamparia sustentável ao seu modelo de negócio. A iniciativa é gratuita.

“Durante cada oficina, vamos colocar a mão na massa para ensinar como roupas do dia a dia ou para ocasiões especiais, a exemplo de camisas, bolsas, lenços, calças, blusas, vestidos, seja para criança, mulheres e homens, podem receber um toque especial e ficar elegante utilizando o processo de tingimento natural e estamparia botânica” antecipa a idealizadora, oficineira e coordenadora geral do projeto, Kamila Nascimento.

Pena que as vagas já tenham sido preenchidas rapidamente. Mas o público pode acompanhar os bastidores do projeto, por meio de publicações de fotos, vídeos, textos e depoimentos, pelo  www.instagram.com/projeto_cor_de_flora. Nos links abaixo, mais informações sobre estampas e moda

Leia também
Aprenda a estampar suas próprias roupas
África está em nós: moda preta autoral e sankofa
Loja Zarina vira referência da moda preta e dá cursos
Curso de moda preta autoral com foco na ancestralidade oferta vagas
Moda Preta autoral em conexão astral realiza desfile afro com modelos da periferia
Moda Preto Soul: Viva à negritude!
Eduardo Ferreira lança Coleção Alafia na abertura do Muafro
Erê Mukunã: a beleza da negritude
Museu da Abolição: acervo material africano ganha catálogo inédito
Saudoso poeta Miró é tema de coleção da Refazenda
Empresa B: Refazenda e boas práticas
Coleção Refazenda de olho no amor
O Dia das Mães é vermelho?
Refazenda: Água inspira nova coleção
Novidade harmoniosa na Praça de Casa Forte
Refazenda lança Coleção Cor de Agrião em feira de produtos orgânicos
Tereza e Oluyiá: mãe e filha em expô
Que tal escolher presentes sustentáveis?
Eduardo Ferreira lança Coleção Aláfia
Moda pernambucana no Marco Zero
Esgotado, livro “Estrelas de couro, a estética do cangaço” é relançado
Lampião e o cangaço fashion e social
Bordados de Passira no Cais do Sertão
Upcycling: Moda e Sustentabilidade
Aproveitamento de sobra de jeans rende prêmio: Moda do futuro
Que tal escolher presentes sustentáveis? 
Moda Sustentável na Fenearte
Onda verde: Terrários viram colares
Os colares exclusivos de Tereza
Aprenda a estampar suas roupas
A “família” de Francisca está pronta para o reveillon
Os trajes juninos da família de Francisca
As roupinhas e máscaras coloridas da família de Francisca

Serviço

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Letícia Lins / Acervo #OxeRecife e Divulgação