O arboricídio praticado no Recife, transformada em capital nacional dos toquinhos, vai ser compensado. Foi o que informou hoje ao #OxeRecife, o Secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Prefeitura, Bruno Schwanbach. Ele fez a promessa, durante o encerramento da audiência pública realizada na Câmara Municipal, quando foi discutida a “arborização” de nossa cidade. Aviso: as “aspas” são minhas mesmo.
“Vamos a cada local, identificar cada erradicação, e iniciaremos uma ação de destaque, junto com a Emlurb, para nos prepararmos para o replantio”, disse. Como vocês sabem, o #OxeRecife está com uma campanha cerrada contra a matança das árvores de nossas ruas, praças e jardins. A eliminação das árvores vem contribuindo para aumentar a temperatura da cidade e para a formação de ilhas de calor, como já ocorre na praia de Boa Viagem, um dos bairros mais verticalizados do Recife.
Na audiência, convocada pelo vereador Jayme Asfora (PMDB), fiz uma apresentação em nome do #OxeRecife mostrando as cenas grotescas de destruição de nossas árvores, que venho registrando neste Blog. Quando Bruno falou que gostaria de ter o mapeamento dos tocos, segui o exemplo de Francisco Cunha, que entrega um abaixo-assinado, pedindo maior arborização para o bairro do Espinheiro. Prontamente, entreguei ao Secretário um relatório com os endereços e datas dos registros das árvores assassinadas.
Na quarta-feira, chegamos ao post número 80, na campanha #ParemDe DerrubarÁrvores. Ao todo,fizemos denúncia de eliminação de cerca de 130 árvores em nossa cidade, só este ano. Imaginem, então, quantas vítimas não somariam, se a gente pudesse ir às 8.474 ruas do Recife. Nas minhas andanças, tenho visto ruas com três e até quatro tocos, decorrentes da motosserra insana. Pior, semana passada, no Espinheiro, contei dois tocos em apenas uma calçada. Pode, isso? Agora, pelo menos, resta um fiozinho de esperança dessa situação melhorar. Números oficiais aos quais tive acesso na audiência pública, indicam que em 2017, teremos a eliminação de 703 árvores. Embora esteja previsto o plantio de 1940.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife