Combate Online ao abuso sexual

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Até junho de 2019, o Disque 100 recebeu 42.585 denúncias referentes a abusos e exploração sexual de menores  no Brasil. No Nordeste, Pernambuco é o terceiro estado com maior número de queixas (2.875 no mesmo período). Para não deixar passar em branco o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o Movimento Pró-Criança  decidiu fazer uma ação à distância com os seus alunos, já que manifestações de rua estão proibidas devido à pandemia.

De casa, respeitando-se o isolamento social, meninos e meninas assistidos pela ONG confeccionaram cartazes e gravaram vídeos com mensagens de alerta contra crimes como: violência psicológica, física ou sexual, tortura e trabalho forçado. As peças serão divulgadas no site e nas redes sociais da instituição. Os alunos foram orientados por assistentes sociais e psicólogos que atuam nas três unidades da ONG (Coelhos, Piedade e Recife Antigo). Os profissionais são responsáveis por realizar na entidade a campanha Pró-Criança Faz Bonito, inspirada na iniciativa Faça Bonito, que é promovida há 20 anos pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

“A ação tem como objetivo desenvolver o trabalho de prevenção principalmente neste tempo de distanciamento social, onde os cuidados devem ser redobrados”, afirma a assistente social do Pró-Criança, Ana Lourdes Teixeira.  No Estado já foi constatado aumento no índice de violência doméstica superior a 50 por cento durante o confinamento provocado pela pandemia. Em Pernambuco,  50 por cento daqueles crimes cometidos contra crianças ocorrem no interior da casa das vítimas, cuja maior parte tem faixa etária entre 0 a 14 anos. Já a maioria dos suspeitos em idades entre 18 e 45 anos.

Além de estimular campanhas, o Pró-Criança trabalha a prevenção diariamente com o acompanhamento dos profissionais do setor psicossocial. Segundo Ana Lourdes, em casos de abuso ou exploração sexual, a instituição presta um primeiro serviço de escuta, em seguida aciona os órgãos competentes, a exemplo do Conselho Tutelar. Assim como os cursos foram adaptados para o meio digital, devido à pandemia de Covid-19, o trabalho dos assistentes sociais e psicólogos do Pró-Criança também permanece com acompanhamento dos beneficiários e seus familiares via telefone ou redes sociais. O Movimento Pró-Criança é gerido pela Arquidiocese de Olinda e Recife.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Movimento Pró-Criança / Divulgação

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