Acho muito interessante programas adotados por várias instituições, visando distrair a terceira idade. Muitas vezes, os chamados idosos são escanteados por parentes, internados em abrigos ou mesmo condenados ao isolamento. Então, merece aplausos a iniciativa do Sesc, que criou o Coletivo Bárbara Idade, no qual sessentões, setentões e até oitentões viram atores. Muitas vezes, levando ao palco encenações inspiradas em suas próprias vidas. Uma boa oportunidade de ver esse trabalho acontece neste mês, nos dias 10, 11 e 17.
Sentimentos que permeiam a vida das mulheres e atravessam gerações é a temática central do espetáculo (H)estórias mínimas, que volta ao palco do Teatro Marco Camarotti para três apresentações gratuitas, naqueles dias acima citados, sempre no horário das 19h30. A exceção fica com o dia 17, quando a apresentação será às 15h. Os atores são todos do Coletivo de Teatro Bárbara Idade, do Sesc Santo Amaro.
Com direção de Rodrigo Cunha, a montagem leva ao palco uma reflexão sobre sentimentos comuns que atravessam gerações como o medo, a injustiça, felicidade e saudade. No enredo, uma grande trama de narrativas não oficiais de mulheres e suas trajetórias de vida. Canções poéticas que marcaram a vida e a história dos integrantes do grupo formam a trilha sonora, colocando no palco elementos que somam o real e o autobiográfico.
Criado em 2007, no Sesc Santa Rita, o Coletivo Bárbara Idade é formado por 15 idosos com mais de 60 anos. Com aulas, às quartas e sextas, pela manhã, eles aprendem de técnicas de jogos teatrais a pesquisas para a construção dos espetáculos. Na trajetória do grupo, estão os espetáculos O mar, o tempo e Cecília… (2007), Hora de Ascenso (2010) e Alumbramento Bandeira (2013).
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Serviço – (H)estórias Mínimas
Data: 10 e 11 de abril, às 19h30; 17 de abril, às15h
Entrada: gratuita
Local: Teatro Marco Camarotti – Rua Treze de Maio, nº 455
Informações: (81) 3216.1728
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Leandro Lima / Divulgação/ Sesc