Normalmente, durante minhas caminhadas matinais, resolvo tudo: farmácia, banco, padaria, alguma compra menor. Quatro rodas, mesmo, só quando vou ao supermercado, pois andar com peso, realmente, não dá. Banco, vou cedinho, antes da enchente de clientes. Hoje, no entanto, não tive como passar cedo na agência da Caixa Econômica, que fica no Plaza Shopping.
Não eram dez horas, quando cheguei lá. Mas como hoje é praticamente o primeiro dia útil do ano, já viu a confusão. Gente saindo pelas tabelas, como diz a gíria. O problema, no entanto, era que mesmo depois de aberta a agência, as filas não andavam. Motivo: 16 caixas eletrônicos, nenhum, mas nenhum mesmo, liberando dinheiro. Ou seja, saque, nem pensar.
Perguntei a uma funcionária da Cef o que estava acontecendo. “Segunda-feira é sempre assim, nunca tem dinheiro e o carro forte ainda não chegou”, respondeu. Ah, sim, então, para que serve caixa eletrônico? Nem depositar, as pessoas estavam conseguindo hoje de manhã, um caos. Fiquei me perguntando: mas os caixas eletrônicos servem para quê? No caso da Cef do Plaza podem servir sim, para encher mais ainda de clientes a agência.
Agora, tirar dinheiro no Caixa 24 horas, a cinco metros de distância da porta da Cef, isso sim, era possível. Era o que muita gente, cansada de esperar, fazia entre 10h e 10h30 dessa segunda-feira, 3 de dezembro. Com uma diferença: usar o 24 horas pode sair mais caro do que usar a agência bancária da qual você é cliente. Mas que é um desaforo com o cliente, ah, isso é…. Pior, idosos e deficientes físicos nas filas, a esperar por um dinheiro que ninguém sabe quando chegaria. Cadê o respeito ao consumidor? Alô, alô, Procon.
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Texto e foto: Letícia Lins/ #OxeRecife