Pernambuco, como se sabe, é considerado o coração dos baobás no Brasil. E são tantos, que a gente perde a conta de quantos há do Sertão ao Cais. Poucas pessoas têm conhecimento, no entanto, que a maior concentração dessa árvore no Recife está em terras da Universidade Federal de Pernambuco, na Zona Oeste da cidade. São nada menos de 20, só no campus da Cidade Universitária. Há, ainda, outros três na Praça Adolpho Cirne, em volta da Faculdade de Direito, região central da cidade. Todos são da espécie “Adansonia digitata”, que é a única que existe em nosso estado. No mundo, elas somam oito.
Cheia de mistérios e encantamento, tida como árvore mágica e sagrada no continente de origem (a África), adotada pelos brasileiros e amada pelos pernambucanos, o baobá ganha na sexta-feira (24/10) um tour pelos exemplares existentes na Cidade Universitária. O horário de encontro é 8h, na entrada do Campus da UFPE. Para participar do Circuito dos Baobás, que é ofertado gratuitamente pela UFPE, é preciso fazer a inscrição no link https://forms.gle/sWdeHAMJuqVXbqWJ6. A atividade é uma iniciativa da Diretoria de Meio Ambiente/ SINFRA/UFPE em parceria com o PROGEPE.

Para os que não são familiarizados com a geografia do campus da UFPE, o ponto de encontro será na chamada Avenida dos Reitores, na entrada principal, que é pela BR-101.O Circuito dos Baobás da UFPE chegou a ser planejado em 2020, mas foi atropelado pela pandemia. O passeio será conduzido por Wagner Souza, da Coordenação de Meio Ambiente da UFPE. E também por Fernando Batista @fbaobatista, doutor em Antropologia, apaixonado pelo baobá e seus significados, e semeador da espécie no Brasil, onde já espalhou centenas de mudas da planta a cidades de todas as regiões.
O amor ao baobá terminou levando Fernando não só ao cultivo da árvore mágica (sempre tem mudas em casa para distribuir a instituições e amigos) como também de novas amizades, inclusive entre adeptos do candomblé na Bahia e em Pernambuco, em cujos terreiros florescem e crescem filhotes da espécie por ele plantadas, alguns dos quais já chegaram à idade adulta. De acordo com os pesquisadores, um baobá pode viver mais de 3 mil anos, embora não resista a certos tipos de agressão como já ocorreu no Recife, onde um exemplar desse gigante da natureza padeceu ao ácido provocado por urina de populares, que usavam o seu canteiro como como mictório, após partidas de futebol.
Nos links abaixo, mais informações sobre baobás.
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Serviço
Circuito dos Baobás no Campus da UFPE
Quando: Sexta-feira, 24/10
Horário: 8h, na entrada principal do Campus (pela BR-101)
Quanto: gratuito e aberto ao público em geral
Condutores: Fernando Batista e Wagner Souza/ UFPE
Inscrições: https://forms.gle/sWdeHAMJuqVXbqWJ6
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Fernando Batista / UFPE / Divulgação
