Nesta Semana do Meio Ambiente, um destaque para os dois dias de atividades que movimentam a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, considerada o pulmão da Região Metropolitana do Recife. É que cerca de mil crianças participam da “Mostra Meio Ambiente no Picadeiro”, projeto em que o circo, a educação ambiental e o amor à natureza se misturam. A ação vai até essa sexta-feira (6/6).
No momento ameaçada de perder 200 mil árvores – por conta da construção de uma escola militar já anunciada pelo governo federal – A APA cobre partes das cidades de Paudalho, Paulista, Camaragibe, Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Igarassu, Araçoiaba e Recife. É lá que ficam importantes rios e nascentes que ajudam a garantir água para boa parte da RMR. A ação ocorre na Escola Municipal Maria de Fátima, localizada no bairro rural de Chã de Cruz, em Paudalho, a 44 quilômetros do Recife. Além de estudantes de Paudalho, também participam alunos das redes municipais de Camaragibe e Abreu e Lima.

A escola fica no meio da Mata. E a ideia é transformá-la em um grande picadeiro ecológico, onde o circo e a natureza se unem para ensinar de forma diferente. Entre as atividades, as crianças vão aprender a fazer sabão com óleo usado, participar de oficinas de malabares com material reciclado, brincar com tecido acrobático e viver uma experiência na roça com música e cantigas de coco. Há, ainda, espetáculos circenses e bate-papos sobre a importância da ancestralidade negra e indígena, da preservação ambiental e do respeito à diversidade. Todas as atividades serão gratuitas e acessíveis, com tradução em Libras.
A ideia do projeto, que se encerra logo mais, é mostrar que aprender também pode acontecer fora da sala de aula, com o corpo em movimento, em contato com a natureza e com as histórias do lugar. “Educar dentro da mata é uma forma de proteger a floresta com afeto, com conhecimento e com o corpo presente”, explica Rodrigo Surucucu, diretor pedagógico da ação. A Mostra foi idealizada pela produtora cultural Camila Gatis, com apoio de artistas e educadores da região. O projeto é financiado com recursos do Programa Nacional Aldir Blanc Pernambuco e conta com apoio de universidades, coletivos culturais e instituições locais.
Leia também
Na Apa Aldeia Beberibe, oficinas e circo e educação ambiental para crianças
Parem de derrubar árvores: o temor de perder 200 mil árvores na Apa-Aldeia-Beberibe
Caminhada em defesa da APA Aldeia Beberibe movimenta esse domingo
A exuberância da Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado do Brasil
Maior reserva de Mata Atlântica de Pernambuco, APA Aldeia Beberibe em discussão
Maior reserva de Mata Atlântica de Pernambuco, APA Aldeia Beberibe está em discussão
Verão: Tilhas de novembro na APA Aldeia-Beberibe
Ecoverdejante: Trilhas pelas matas
Verão: É tempo de trilha das águas
Fórum Socio Ambiental apresenta projeto para APA Aldeia Beberibe
Fórum quer Arco Metropolitano sem destruição da Mata Atlântica
De volta às trilhas ecológicas
Trilhas ecológicas estão de volta
Eco Verdejante: Trilhas pela mata com direito a banho de rio e belas paisagens
Trilhas voltam om força apesar da pandemia
Os agraciados com o Prêmio Vasconcelos Sobrinho
Parem de derrubar árvores (em Aldeia)
Parem de derrubar árvores (em Camaragibe)
Pousada construída em área de preservação com licença falsificada
Arco Metropolitano em nova discussão
Apa Aldeia Beberibe: Devastação de bioma em extinção
Pulmão do Recife, Apa Aldeia Beberibe completa década
Prefeitura destrói área protegida. Pode?
Prefeito destrói mata e pede acordo
Desmatamentos ilegais em Aldeia
Novos desmatamentos em Aldeia
É pólvora, é pedra, é o fim da picada
Pernambuco: Mata Atlântica sobrevive
Mata Atlântica: Corredores ecológicos
Semana de Educação Ambiental
Entre a pandemia e o desmatamento
Pernambuco: Fauna inclui esquilos
Aldeia: Depois do coice, a queda
Poluição sonora incomoda humanos e bichos em Aldeia
Olinda e Aldeia ganham 500 mudas de árvores nativas
Na COP 26, Paulo Câmara promete recuperar mil nascentes
As riquezas da Mata Atlântica
Bonito ganha reforço ao turismo ecológico e ganha novas trilhas
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Ju Barbosa e CPRH/ Acervo #OxeRecife