Depois de quatro anos de negacionismo durante o governo do ex Capitão – marcado por total menosprezo à importância da ciência, inclusive na condução da pandemia – a comunidade científica brasileira teme que as instituições de pesquisa voltem a ser prejudicadas, caso o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) termine nas mãos do Centrão, que cobiça a pasta comandada pela pernambucana Luciana Santos, que é filiada ao PC do B. Dois manifestos temendo a demissão da Ministra foram divulgados nesta semana, quando ela visitou a Universidade Federal de Pernambuco, para conhecer os projetos em andamento na área de Informática (foto acima).
A Academia Pernambucana de Ciência (APC) e a SBPC divulgaram notas de apoio à Ministra. A APC revelou “imensa preocupação por conta das notícias e especulações sobre mudanças no MCTI, como parte de acordos políticos”. Segundo a nota, “os rumos traçados pela atual gestão estão em total acordo com os anseios da comunidade científica tecnológica e de inovação do País”. Para a comunidade acadêmica, “zerar” o processo e “recomeçar após tanto esforço e esperanças”, com o planejamento atual do Ministério correspondendo às expectativas da comunidade científica “seria um grande retrocesso”.
Assinada pelo Presidente da APC, Anísio Brasileiro, o documento lembra que em 2024 o Brasil sediará a Quinta Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (VCNCTI), que foi “descontinuada por um governo anticiência”, como ficou caracterizada a gestão Bolsonaro. A nota diz ainda esperar que prevaleça o “bom senso” e a visão de “futuro para o País”, com base no avanço da Ciência, Tecnologia e Inovação, tão necessário para o desenvolvimento social do Brasil. Também tomaram posição contra mudanças no MCTI, a Sociedade Basileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciência (ABC). As duas entidades classificam como “alarmantes” as notícias de que o MCTI está sendo “cobiçado por aqueles que não têm compromisso com as causas do conhecimento científico e do progresso econômico e social”. As duas entidades lembram:
“Na sociedade do conhecimento, não há desenvolvimento sem intenso recurso à ciência, a única capaz de produzir tecnologia e inovação, que de tanto depende o Brasil para realizar as inúmeras potencialidades que derivam de nossa riqueza humana e natural. Por esta razão, é essencial assegurarmos o respeito à qualidade conquistada por nossa comunidade universitária e científica, bem como efetivar os compromissos que assumiu o país, tanto para a supressão da fome e da pobreza, objetivo que consta no artigo 3º de nossa Constituição, quanto para a construção de uma economia sem carbono, que nos permita dar a importante contribuição brasileira no combate ao aquecimento climático”.
A SBPC e a ABC ratificam que o MCTI precisa realmente estar comprometido como conhecimento científico (e não com querelas políticas): “O futuro do Brasil não pode estar atrelado a visões do passado”. Nesse mês de julho, o Presidente Lula restabeleceu as boas relações do Palácio do Planalto com a comunidade científica, após entregar comendas a pesquisadores que haviam sido sabotadas pelo governo do ex-Capitão.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Ascom/UFPE e MCTI /Presidência da República / Divulgação