Ciências, Robótica,professores e alunos a serviço da natureza no Colégio Apoio

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Enquanto tem educandário que já foi flagrado jogando lixo no Rio Capibaribe, o Colégio Apoio dá exemplo de defesa do meio ambiente. Estive lá na manhã de hoje para conhecer projeto de compostagem desenvolvido na escola, e me deparei com um trabalho muito mais amplo, transversal, e que envolve matérias como ciências, tecnologia e robótica, português, matemática. Além da produção do adubo natural, o projeto inclui, ainda, a implantação de hortas orgânicas. E se prepara para, em 2017, dar um salto ainda maior: nas aulas de tecnologia e robótica, os alunos serão induzidos a criar um sistema de gotejamento programado para as hortaliças. Sem desperdício de água.

O Projeto “Por Um Apoio Sustentável” já vinha sendo desenvolvido há alguns anos, mas foi oficializado a partir de 2015, quando o foco nas salas de aula foi a questão da sustentabilidade. Crianças do Ciclo 4 – que abrange a sexta e sétima séries – se empolgaram com a ideia de produzir adubo, reaproveitando cascas de frutas, verduras, etc. A motivação começou nas aulas de Ciências. “ Estudamos o impacto do chorume nos solos, nos lençóis freáticos e estudamos as cadeias alimentares, incluindo pesquisas sobre os anelídeos (minhocas)”, conta Tatiane Ferreira, Professora de Ciências, uma das idealizadoras do Projeto.

Professoras Vancleide Jordão,Tatiane Ferreira Lima e alunos: robótica e ciências a serviço da natureza
Professoras Vancleide Jordão,Tatiane Ferreira Lima e alunos: robótica e ciências a serviço da natureza no Colégio Apoio

“Aos poucos, fomos colocando os alimentos na composteira, revolvíamos o material a cada 15 dias. Alguns alunos reclamavam do mau cheiro, mas hoje todos comemoram o produto final”,diz. Na quarta-feira, o adubo orgânico foi acondicionado em saquinhos, para utilizar na escola. Pela primeira vez, as crianças pediram o material, para cultivar plantinhas em suas casas. Em cada embalagem consta uma orientação quanto ao uso, as medidas adequadas, e a importância da adubação, que é a “alimentação” da planta. “Sem os nutrientes, elas ficam fracas, doentes e suscetíveis ao abrigo de insetos invasores”. No processo, também foram utilizadas minhocas.

Outra face do trabalho em defesa da natureza é capitaneado por Vancleide Jordão, titular da cadeira de tecnologia e robótica. “A gente desenvolve projetos de robótica, pensando em melhorar as cidades, o país. E dentro das nossas propostas, vem o uso da robótica no nosso dia a dia, com a criação de um sistema de gotejamento programado das nossas hortas”, afirma. O trabalho vai ser implantado em 2017. “Durante feriados e finais de semana, teremos sensores de umidade e temperatura, e a  partir deles, a horta receberá a água necessária”, conta.  Vancleide também lidera o Projeto Kakeira Flor, para estimular a aliança entre abelhas, o homem, e o ecossistema.

“Gosto de estudar todas as matérias, mas tenho muito interesse nesses projetos para ajudar o planeta”, diz Benjamim Charles Veloso, 11, sexto ano, opinião compartilhada pela colega Marina Albuquerque. Em 2016, houve duas produções de adubo orgânico. Em 2017, deverão ser três ou quatro. Para a Coordenadora do Ciclo 4, Andrea Cisneiros, as crianças e a natureza só têm a ganhar com a iniciativa: “Todos aprendem a ter mais cuidado com a natureza, até porque a compostagem é uma forma de reciclar”.

(Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife)

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2 comments

    1. Fiquei muito feliz, Andrea, de ver que o trabalho que vocês fazem é muito mais bonito e integrado do que o que eu pensava. Fui fazer matéria sobre compostagem, no Apoio, e vi um trabalho muito mais amplo. Parabéns.

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