Agora é para valer. Finalmente o histórico Casarão do Açude do Prata – que fica no interior do Parque Estadual de Dois Irmãos – vai ser restaurado. As obras devem começar dentro de dois meses, e estão orçadas em R$1,6 milhão. Foi essa a principal novidade repassada no final de semana, para os integrantes de mais uma edição das Caminhadas Domingueiras, liderada por Francisco Cunha. A informação foi transmitida por George Rego Barros, Diretor do Zoológico, que fica no interior do Pedi. E que teve a missão de recepcionar os visitantes no último final de semana. Ele nos levou pelas trilhas da mata até o Açude do Prata, ao lado do qual fica o sobrado, que teria sido construído por ingleses, que moravam no Recife, trabalhando na implantação de sistema de abastecimento. (A Recife Drainage Company Limited foi criada em 1873).
O local é muito bonito. Açude de água limpa, cercado de verde por todos os lados e que, ainda hoje, tem importância fundamental no abastecimento do Recife. Em uma cidade que soubesse explorar melhor seus atrativos e sua história, aquele seria um local de visitação, com turismo sustentável e educação ambiental. E quem sabe, o casarão funcionaria como um Museu das Águas, já que foi dali que partiram as primeiras tubulações para abastecer os chafarizes espalhados por bairros como Boa Vista, Santo Antônio e São José. Falam que naquela área teria morado Branca Dias, uma judia perseguida pela Inquisição e que teria jogado suas baixelas de prata ao lago, o que deu origem ao nome do Açude. Branca foi, depois, queimada em uma fogueira em Portugal. Como se vê, história para aquelas bandas é o que não falta. Mas infelizmente, em Pernambuco, e também no Recife, é sempre assim. Deixa-se que praças, monumentos, casarões entrem em processo de esquecimento, de acelerada degradação. Isso porque nunca se faz uma manutenção adequada dos equipamentos que, enfim, são elos da nossa história.
Quando está tudo caindo, já em ruínas, aí começa a correria contra o leite derramado, o que implica em um custo muito maior. Foi o que aconteceu com o secular casarão do Açude do Prata, que fica dentro do Parque Estadual de Dois Irmãos e que vem ser um belo exemplar da arquitetura do século 19. Ele está em ruínas. Sempre quis ver de perto esse cenário, que já conhecia só por fotografias. Nas minhas caminhadas matinais, muitas vezes, tive vontade de ir até lá. Mas a insegurança do Recife não recomenda. E a área é de acesso oficialmente proibido, embora descartes de isopor e embalagens plásticas nos arredores do local indiquem presença de visitantes clandestinos. O chalé é tombado. E é importante que assim seja. Mas para lembrar um mote usado pelo colega Josué Nogueira – “antes que suma” – é importante que a restauração do casarão comece logo.”
Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
Quando que vai começar as obras, meu Deus, eu acho lindo o açude do prata, moro praticamente dentro da mata, e até agora as vezes que eu vou lá ainda está abandonado e sem esperança nenhuma de reconstrução. Por favor, não deixe esse patrimônio histórico se acabar, fui lá um dia desse é o que eu tô percebendo é que o açude a cada ano que passa vai diminuindo a quantidade de água. Não deixe esse descaso. Vamos preservar a natureza. Espero brevemente por uma resposta. Muito obrigado.
Messias de Oliveira André
30/07/2017
Estou consultando a Semas, André. Assim que tiver retorno, dou no Blog.
O casarão Açude do prata, continua abandonado. Cheio de lixo, sujo… Nada foi feito nesses anos todo.