#CarnavalSemAssédio em Pernambuco

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Teve um tempo que as mulheres eram agarradas à força, no carnaval de Olinda. Os machões de plantão achavam que beijar na marra era brincadeira, nas ladeiras da cidade histórica. Mas depois de muita reclamação, a prática virou preocupação da polícia e até do Ministério Público. E alguns beijoqueiros foram parar na delegacia. Em São Paulo, não é diferente. Com o crescimento do carnaval de rua, começaram a chover beliscões nos bumbuns, beijos sem sentido e até mãos bobas em partes indevidas do corpo feminino. Por esse motivo, surgiu a campanha contra o assédio sexual, #AconteceuNoCarnaval. Em 2018, os engraçadinhos do Recife e Olinda também vão se ver, porque a campanha #AconteceuNoCarnaval chega com toda força a Pernambuco.

Com o objetivo de não silenciar sobre os assédios sexuais que acontecem no Carnaval, veja o que acontece com a campanha #AconteceuNoCarnaval: As redes Meu Recife, Mete a Colher e Women Friendly se uniram com redes de mobilização Minha Sampa e o #CarnavalSemAssédio, do site Catraca Livre, para dar maior abrangência na coleta de relatos. Assim como apontar os locais em que a foliã é mais vulnerável a nível nacional. “Para tornar tudo mais interativo e com maior impacto, no Recife vamos utilizar um canal no WhatsApp  (81) 99140-5869 e o site www.aconteceunocarnaval.org da campanha para recolher todos os relatos recebidos”, diz Renata Albertim, co-fundadora da startup Mete a Colher. “Assim, garantimos que as mulheres, de forma simples, reportem o assédio que sofreu”, esclarece.

Em Pernambuco, a campanha conta com o apoio do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, In Loco Media e Rede Nossas Cidades para juntar forças na divulgação. Em 2018, a expectativa é impactar mais de 4 milhões de pessoas principalmente em Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro além de contabilizar mais de 5 mil relatos desde as prévias, começando já em janeiro até o final do mês de fevereiro. No ano de 2017, a campanha reuniu 66 relatos, apenas em Recife e Olinda, em que se identificaram quais são os tipos de assédio mais comuns e os locais entre Recife Antigo e o Sítio Histórico de Olinda em que eles ocorrem com mais frequência. Esse “Mapa de Calor” com os pontos onde a segurança da mulher é crítica foi entregue ao Governo de Pernambuco para que políticas públicas sejam implementadas.

“Quando contabilizamos os relatos recebidos do último Carnaval, comprovamos que o assédio durante a festa está longe de chegar ao fim, e para dar uma incrementada e força em 2018, a rede de mobilização Minha Sampa, como também o canal de notícias Catraca Livre chegou junto para fortalecer a campanha e deixá-la mais abrangente no quesito região.”, diz Isabel Albuquerque da Rede Meu Recife. Paula Lago, responsável pela campanha #CarnavalSemAssédio do site Catraca Livre, acredita que a união das forças vai garantir que o tema assédio ganhe mais repercussão. “Estamos no terceiro ano da campanha #CarnavalSemAssédio, e para nós é muito importante juntar forças com outros coletivos que lutam pelo fim do problema. Queremos realmente incomodar quem acha que o assédio é ‘normal’ e faz parte do Carnaval. Não é!”.

A ideia da campanha não é substituir a denúncia que deve ser feita na Delegacia da Mulher, tampouco o acompanhamento psicossocial a que a vítima deve recorrer, como os centros de referência do estado e município. Madalena Rodrigues, advogada do Meu Recife, explica: “Sabemos que assédio sexual é um dos crimes mais subnotificados que temos, no entanto, é muito importante termos dados para conseguir junto às Secretarias da Mulher uma política pública que auxilie as mulheres nos próximos carnavais”. Para Ana Addobbati, do Women Friendly, “a campanha #AconteceuNoCarnaval é mais do que necessária. Quanto mais as mulheres denunciarem, mais chances temos de garantir que o Carnaval do Brasil seja amigo da mulher”. Mais informações: Renata Albertim (81) 9.9946-4019 – Mete a Colher Isabel Albuquerque (81) 9.8164-1013 – Meu Recife Ana Addobbati (81) 9.9886-6423 – Women Friendly/ (11) 9.43803637/ (21)9.94048155 whatsapp). “Enfim, foi assediada no carnaval? Conta para a gente! ” Manda um zap pra (81) 9 9140-5869

Ou clica aqui: https://t.co/7plqwY7kXx com a  tag  #AconteceuNoCarnaval .

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ #AconteceuNoCarnaval

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