Procura-se os responsáveis por um imóvel, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. É que moradores da Rua Guedes Pereira denunciam maus tratos contra um cão, que está “tomando conta” de um terreno, onde construções foram demolidas para a implantação de empreendimento imobiliário. Segundo os vizinhos, a movimentação de máquinas no local era constante, mas elas foram retiradas. E sobrou para o animal, que faz o papel de vigilante.
O terreno fica junto do edifício número 35, localizado naquela via, perto da loja Parnamirim do Pão de Açúcar. Os vizinhos dizem que o cão late a noite inteira, “um latido muito triste, de quem está com fome e sede”. O #OxeRecife não conseguiu localizar proprietários do terreno em questão, nem responsáveis pela obra, que parece estar paralisada. “Entre os residentes, ninguém dorme mais, pois o cão late o tempo todo, mas é um latido de sofrimento”, diz uma moradora do edifício vizinho ao terreno. Na terça-feira, diversos moradores da Guedes Pereira tentaram contato com os órgãos que tratam de defesa e proteção dos animais, mas não conseguiram falar com ninguém. Uma amiga, que mora ao lado, tentou levar ração e água para o animal, que passa o dia perambulando no terreno. Mas o temor é grande, pois o cão deve estar agressivo, diante do sofrimento diz ela. Em Pernambuco, há uma lei que regulamenta o uso de cães de guarda na vigilância de empresas e terrenos. A lei foi sancionada pelo governo estadual em 2018, e determina que a utilização de animais “será permitida apenas quando houver a presença de um vigilante, ou seja, como complemento de um profissional”.
A legislação prevê, ainda, que o animal deve ser transportado em veículo apropriado, e garantidos “o bem estar, a segurança e a sanidade”. Várias pessoas ligaram para o #OxeRecife, com pena do animal, que está trancafiado e ensandecido. Ele tem apenas uma casinha improvisada, feita de pedaços de madeira, para se abrigar. Pela forma como o totó está latindo, nem o bem estar, nem a segurança, nem a sanidade estão garantidos. Quem coloca água para o bichinho? Quem dá comida? Por que o animal “chora” tanto? Boa coisa não fizeram ele. Vizinhos e moradores da Guedes Pereira continuam tentando falar com os órgãos competentes. Ou com os responsáveis pelo terreno…
Mas até agora… nada! Vejam o terreno onde o animal está “trabalhando” sozinho como “vigilante”, feito do alto de um edifício vizinho.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos e vídeo: Zap / Moradores da Rua Guedes Pereira
Que sofrimento desse animal! Quanta irresponsabilidade da empresa que deveria cuidar dele. Imagino toda a vizinhança querendo ajudar,mas corre o risco de ser atacada. E sem poder dormir…
Cadê os órgãos de proteção aos animais?