O brasileiro costuma passar “somente” cinco horas e meia por dia, usando o celular. Acredita? Pelo menos, esse é o tempo médio, segundo informou, hoje, a psicóloga Gisele Meter, especialista em marketing digital. Ela disse, ainda, que 43 por cento dessas período gasto com o aparelhinho no ouvido é gasto em aplicativos, redes sociais e troca de mensagens.
Ela fez a observação ao participar do Seminário Novo Código Eleitoral e Tendência do Marketing Político Digital – Eleições 2022. O encontro foi realizado no auditório Sérgio Guerra, da Assembleia Legislativa, que disponibilizou o evento gratuitamente para o público, de forma híbrida: presencial e virtual. Responsável pela comunicação digital de vários deputados – entre estaduais e federais – ela afirma que políticos midiáticos “mesmo com desempenho inferior, podem obter mais engajamento” da população, via digital.
Meter fez um alerta, quanto a políticos midiáticos, nem sempre confiáveis: “Políticos ruins estão ocupando o ambiente online e tirando o espaço dos bons políticos, porque esses simplesmente não querem aparecer. Vimos isso em 2018 e vamos continuar vendo políticos ruins, mas midiáticos, tirando o espaço da representatividade dos bons, que não querem aparecer. Eu tenho uma frase, que acredito muito segundo a qual não é bom só botar o ovo. Tem que cacarejar”.
A especialista deu várias informações sobre os tipos de conteúdo, como distribuí-los e falou das tendências digitais no mundo. Quem também fez conferência foi o jurista Walber Agra, para quem o fim das coligações proporcionais, as federações partidárias e a cláusula de barreira são as questões que mais devem impactar as eleições de 2022. “São componentes que mudam todo o jogo eleitoral”. Ele acha que com as novas regras da cláusula de barreira, o número de partidos políticos cairá bastante, devido à exigência de votos válidos exigidos de no mínimo três por cento para cada legenda.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Roberta Guimarães/ Divulgação / Alepe e Acervo #OxeRecife
