BR-101 vira depósito de lixo

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Motivo de muitas polêmicas e reclamações de motoristas, entre 2013 e início de 2016 – porque havia se transformado no paraíso das crateras – a BR 101 não toma jeito. Se o asfalto ficou mais regular (virou uma colcha de retalhos, ou melhor, de remendos),  agora aquela via está se transformando em um lixão. E nas margens das duas faixas. O negócio está tão feio, que as montanhas de metralhas e tralhas já estão encostando na pista de rolamento.

A bagaceira teve início no final do ano passado, quando os canteiros de obras do falido Projeto “Rios da Gente” – começaram a servir de depósitos de lixo. A céu aberto. Pelo menos é lixo seco, que não gera chorume. Mas do jeito que a coisa vai, daqui a pouco vai ter cachorro morto, vísceras de galinha, restos de peixe, o que se possa imaginar. Porque os tipos de descartes estão se diversificando. Já tem lixo doméstico sendo jogado lá no “aterro sanitário” improvisado.

BR-101, de paraíso das crateras a depósitos de tralhas que encostam no asfalto.
BR-101, de paraíso das crateras a depósito lixo: péssimo visual para turistas que vêm ao Estado, vindo do Norte ou do Sul.

O lixo começou a ser atirado ali, timidamente, no antigo canteiro daquela que deveria ser uma estação dos barcos que estariam singrando o Rio Capibaribe, como transporte de massa, se o projeto não tivesse parado.  Mas o “Rios da Gente” naufragou antes mesmo de começar. O canteiro foi, aos poucos, virando depósito de lixo. Ninguém, como sempre, tomou nenhuma providência. Nada para reprimir a prática, que, desde então, só faz crescer. Os descartes indevidos são feitos à luz do dia, na vista de todos. E nenhuma autoridade faz nada para coibir a ação dos porcalhões. Pois não é que o descarte se estendeu para o outro lado… Na faixa direita de quem vai da Zona Norte para a Sul, ainda no bairro de Dois Irmãos. A coisa está ficando feia mesmo.

Situação da BR-101 se agrava: além da buraqueira, problema agora é excesso de lixo.
Situação da BR-101 se agrava: além da buraqueira, problema agora é excesso de lixo,  no acostamento das duas faixas.

A cada final de semana, quando passo pela rodovia federal rumo à praia, só vejo o estrago crescer.  São restos de construção, pedaços de madeira, metralha muita, restos de árvores, tudo que se possa imaginar. É certo isso? Se é errado alguém jogar, errado, também, é a omissão dos órgãos oficiais, que não coíbem a prática, não multam ninguém, e deixam mais essa mancha na paisagem já manchada de tanto lixo, em se tratando do nosso Recife. Não é difícil detectar os responsáveis. Porque os descartes são pesados. E chegam em caminhões. Além desses dois lixões – um quase defronte do outro – há muitos pontos de descarte ao longo daquela via federal: ferro velho, lixo doméstico, lixo industrial. Tem de todo jeito. Uma paisagem, e tanto, para quem chega ao nosso Estado usando a rodovia. É mesmo que dizer: Xô, turistas. Com a palavra, a Emlurb, o Dnit e o Governo de Pernambuco.

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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